Com pesos duvidosos me sujeito
À balança até hoje recusada.
É tempo de saber o que mais vale:
Se julgar, assistir, ou ser julgado.
Ponho no prato raso quanto sou,
Matérias, outras não, que me fizeram,
O sonho fugidiço, o desespero
De prender violento ou descuidar
A sombra que me vai medindo os dias;
Ponho a vida tão pouca, o ruim corpo,
Traições naturais e relutâncias,
Ponho o que há de amor, a sua urgência,
O gosto de passar entre as estrelas,
A certeza de ser que só teria
Se viesses pesar-me, poesia.
José Saramago,
de Os poemas possíveis
À balança até hoje recusada.
É tempo de saber o que mais vale:
Se julgar, assistir, ou ser julgado.
Ponho no prato raso quanto sou,
Matérias, outras não, que me fizeram,
O sonho fugidiço, o desespero
De prender violento ou descuidar
A sombra que me vai medindo os dias;
Ponho a vida tão pouca, o ruim corpo,
Traições naturais e relutâncias,
Ponho o que há de amor, a sua urgência,
O gosto de passar entre as estrelas,
A certeza de ser que só teria
Se viesses pesar-me, poesia.
José Saramago,
de Os poemas possíveis
Olá, querida Maria, aqui em casa, José Saramago sempre
ResponderEliminaresteve presente nos seus romances, mas não conhecia esse poema.
A imagem é deslumbrante!
Achei linda a postagem e agradeço a bela partilha!
Um bom domingo para a família!
Beijinho, amiga.
Hermoso poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarNice words Maria.
ResponderEliminarHello, Maria! I like this poem!
ResponderEliminarThanks for your sharing
ResponderEliminarMe gusto mucho este poema del gran Saramago.
ResponderEliminarSaludos.
Un precioso poema de un gran escritor. Besos.
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