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11/11/2016

Visita da Chuva - Poema de Cecilia Meireles




Estas altas árvores
são umas harpas verdes
com cordas de chuva
que tange o vento.

Vêm os sons mais claros
da amendoeira amarela,
pontuados na palma
das fortes folhas virentes.

Os sons mais frágeis nascem
na fronde da acácia leve,
com frouxos cachos de flores
e folhinhas paralelas.

Os sons mais graves escorrem
das negras mangueiras antigas,
de grosso, torcidos galhos,
franjados de parasitas.

Os sons mais longínquos e vagos
vêm dos finos ciprestes:
chegam e apagam-se, nebulosos,
desenham-se e desaparecem ...



Cecília Meireles


8 comentários:

  1. Lindo momento poético! bjs, ótimo dia! chica

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  2. Um belo poema da Cecília Meireles escritora e poeta brasileira que muito aprecio.
    Um abraço e bom fim-de-semana.
    Andarilhar

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  3. Cecilia Meireles,sempre maravilhosa!
    Bjs Maria Rodrigues e obrigada pela visita.
    Carmen Lúcia.

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  4. Uma escolha linda, Maria! Cecília Meireles e suas maravilhosas inspirações...
    Abraço carinhoso...
    (Hoje usei 2 fotos suas no Vida & Plenitude, obrigada pela liberdade de compartilhar...)
    Bom fim de semana!

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  5. Boa escolha Parabéns. Muito bonito!

    Beijo e bom fim de semana.

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  6. Cecília reporta-me a minha infância, como eu amo!lindo,beijinhos

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  7. A sensibilidade Ceciliana é um encanto Maria.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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