O mar jaz. Gemem em segredo os ventos
Em Éolo cativos,
Apenas com as pontas do tridente
Franze as águas Neptuno,
E a praia é alva e cheia de pequenos
Brilhos sob o sol claro.
Eu quisera, Neera, que o momento,
Que ora vemos, tivesse
O sentido preciso de uma frase
Visível nalgum livro.
Assim verias que certeza a minha
Quando sem te olhar digo
Que as cousas são o diálogo que os deuses
Brincam tendo connosco.
Se esta breve ciência te coubesse,
Nunca mais julgarias
Ou solene ou ligeira a clara vida,
Mas nem leve nem grave,
Nem falsa ou certa, mas assim, divina
E plácida, e mais nada.
Ricardo
Reis, "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Heterónimo de Fernando Pessoa
Grande Fernando Pessoa! Belíssimo poema Maria! Parabéns!
ResponderEliminarAbraços,
Furtado.
Bom dia
ResponderEliminarUm Poema muito bonito. Parabéns pela escolha.
Bom feriado, beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
O mar... sempre inspirando os grandes poetas nas suas belíssima criações
ResponderEliminarUma tarde linda Maria
Beijos
De todos os heterónimos de Fernando Pessoa Alberto Caeiro é o meu preferido. Ricardo Reis o que menos me diz.
ResponderEliminarAbraço
Gosto muito de Fernando Pessoa!
ResponderEliminarUm beijinho Maria
Não conhecia e gostei... Bj
ResponderEliminarCada vez, que passo por aqui... vou sempre achando aqui este blogue ainda mais bonito!...
ResponderEliminarE bem a condizer... as palavras igualmente fascinantes de Pessoa!
Mais uma grande escolha, Maria!
Beijinhos
Ana