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15/10/2015

Em uma Tarde de Outono





Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...


Olavo Bilac, in "Poesias"



5 comentários:

  1. Poesia lindíssima, com uma belíssima escolha de imagens, como suporte...
    Um post deliciosamente encantador, nestas cores aconchegantes de Outono...
    Beijinhos
    Ana

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  2. Bom dia Maria Rodrigues.

    Parabéns pelo poema que nos traz. Lindo de mais

    Beijinho e um dia feliz
    Tenho poema

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  3. Lindo um belo poema de Olavo Bilac.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

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  4. Oi querida amiga Maria, adorei o post!!
    Como você está, e sua mãe?? espero que bem!
    Tenha uma excelente semana, beijos e fiquem com Deus!!

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  5. Um belo poema outonal de Olavo Bilac. Este poeta também consta da minha estante de poesia.Gosto dele.
    Um beijo.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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