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08/07/2015

Soneto VIII - William Shakespeare




Doce música, por que a ouves tão triste?
Doçuras não se atacam; a alegria se rejubila;
Por que amas aquilo que não recebes efusivo,
Ou com prazer aceitas teu incômodo?
Se a harmonia de afinados sons
Bem ajustados ofendem o teu ouvido,
Docemente te repreendem, tu que confundes
As partes do que deverias suportar.
Vê como uma corda à outra unida,
São tangidas, de cada vez, mutuamente;
Assemelhando-se a pai e filho, e à feliz mãe,
Que, em uníssono, entoam um doce som;
Cujo canto inaudível, sendo muitos, soa como um,
Assim cantando para ti: “De nada valerá a tua solidão”.


William Shakespeare



4 comentários:

  1. Maravilhoso! Adorei!!

    Dia feliz
    beijos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Magnifico este belo soneto de Shakespeare, um clássico.
    Um abraço e uma boa semana.

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  3. Maria Rodrigues, William Shakespeare, para quem se interessa por estar sempre em aprendizagem, não interessa só pela qualidade da literatura, mas ainda também pelo que tem de didático.
    Beijinhos

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  4. Sem dúvida, um clássico... sempre intemporal... e que resultou num post lindíssimo.
    Bjs
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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