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29/09/2014

Minha Aldeia - Poema de António Gedeão




Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.

Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valências de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.


António Gedeão




10 comentários:

  1. Oi Maria, mais um poema escolhido a dedos, parabéns...
    Amei!
    Bjsssss amiga e uma semana de sucesso e abençoada p/vcs

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  2. Maravilhoso...delícia ler esse poema!
    Boa semana Maria! bjsssss

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  3. Oi Maria,
    Se sua aldeia é de todo mundo, apesar da distância, vim conhecer minha aldeia.
    Abç
    Lua Singular

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  4. Já conhecia e gostei de recordar!!!
    Bj amigo

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  5. Boa tarde, Minha Aldeia trás-me recordações da liberdade vivida, poema lindissimo do António Gedeão .
    AG
    http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

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  6. Costuma-se dizer:
    - Quem não há-de gabar a noiva, senão o noivo...
    Beijinho para si!

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  7. Olá Maria! Aceite meus sinceros agradecimentos pelas belas e carinhosas palavras de felicitações deixadas no teu comentário, quando das comemorações do meu aniversário. Muito obrigado de coração.

    Belo poema do António Gedeão. Ótima escolha! Parabéns!

    Beijos,

    Furtado.

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  8. Linda aldeia! Gostei muito da poesia Maria, um abraço.

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  9. Por que Maria?
    Obrigada por tudo, estava tentando arrumar o meu designer.
    Que Deus lhe de muita sorte!
    Abç
    Lua Singular

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  10. Gostei do poema pois tambem o partilhei no meu blogue

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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