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12/07/2014

Tempo de Poesia - Poema de António Gedeão




Todo o tempo é de poesia.

Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.

Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia.

Todo o tempo é de poesia.

Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.

Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação do caos
à confusão da harmonia.



António Gedeão




10 comentários:

  1. Lindas palavras... em tudo há poesia...
    Desconhecia o poeta.
    Abraços.

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  2. Na felicidade a poesia é mais um momento de prazer na adversidade ela é o sonho que não queremos abandonar.
    Um abraço e bom fim de semana

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  3. Gedeão é, para mim, um poeta do real, do quase quotidiano... à sua maneira, um poeta que interpretava a vida antes de a corporizar em frases poéticas com a simplicidade com que debitava as suas sessões de mestre.
    Não foi um poeta difícil, porque um poeta inspirado.

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  4. Maria, Bom Sábado!
    Linda poesia! Poetar sempre... Extravasar versos de esperança e AMOR...

    Beijinhos,,,

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  5. Que linda poesia à poesia...
    Beijo querida e um final de semana maravilhoso.

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  6. Maria ...sábias palavras que fazem deste poema uma verdadeira poesia! Bj

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  7. Rómulo de Carvalho sempre escreveu bela poesia. Este poema é um exemplo. Adorei reler.
    BFS e um beijinho. D

    http://acontarvindodoceu.blogspot.pt

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  8. muito bonita a escolha

    um abraço, Maria

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  9. Boa escolha.
    Um abraço e bom fim de semana

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  10. É como em teu blog: há poesia em cada cantinho, em cada imagem escolhida, em cada mensagem partilhada!
    Lindo, Virginia!!!!
    Beijos!

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