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26/04/2012

Desejos vãos - Poema de Florbela Espanca



Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!

Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!

E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!…

Florbela Espanca


7 comentários:

  1. Maria especialmente lindo Florbela foi uma poetisa que sempre nos cala fundo na alma, obrigada por compartilhar, beijos Luconi

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  2. Maria,que poema lindo.Tem que ser Florbela.bjs

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  3. Muito lindo,Maria!Sempre!!!beijos,chica

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  4. Gostei do poema, apesar de a Florbela EspancaNão ser santo da minha devoção. Peço desculpa.
    Um abraço

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  5. A nossa Florbela Espanca aqui num lindo poema do mar,pensando bem em cada palavra escrita nos leva ao actual em certas coisas.
    Beijinhos e boa semana.

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  6. Querida Maria!

    Lindo esse poema! Ela descreve o lado oposto do que "parece, mas não é".
    E você está bem?

    Mil beijos

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  7. Ela via, além das aparências!!!

    Beijos, Maria,
    da Lúcia

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