Altiva e couraçada de desdém,
Vivo sozinha em meu castelo: a Dor!
Passa por ele a luz de todo o amor ...
E nunca em meu castelo entrou alguém!
Castelã da Tristeza, vês? ... A quem? ...
– E o meu olhar é interrogador –
Perscruto, ao longe, as sombras do sol-pôr ...
Chora o silêncio ... nada ... ninguém vem ...
Castelã da Tristeza, porque choras
Lendo, toda de branco, um livro de horas,
À sombra rendilhada dos vitrais? ...
À noite, debruçada, plas ameias,
Porque rezas baixinho? ... Porque anseias? ...
Que sonho afagam tuas mãos reais? ...
Florbela Espanca
Olá, Maria
ResponderEliminarAdorei este poema de Florbela Espanca, tão romântico, posicionado num tempo em que tudo é levado ao extremo como só ela sabe ser.
Beijo
Olinda
Belo dia florido prá ti!
ResponderEliminarFolhas de Outono chega para matar saudades !
Saudades de tuas escritas e de vc tbm.
Florbela Espanca sempre nos deixa belissimas mensagens...
bjs
Hermoso poema María, el amor a veces nos acerca al castillo de dolor.
ResponderEliminarun abrazo.
Olá amiga, belo demais este lindo soneto da Florbela Espanca. Tudo o que esta poetisa escreveu tem o condão de nos deixar à sombra da nostalgia. Adorei. Beijos com carinho
ResponderEliminarLindo poema,Maria! um beijo,tudo de bom,chica
ResponderEliminarFlorbela Espanca sempre encante...Parabéns pelo post e o belíssimo blog!
ResponderEliminarOlá, querida
ResponderEliminarO sonho que afaga a minha mão real vem cotidianamente pela consciência reta e o amor doado...
Bjm de paz
Que romântico poema para ser lido numa tarde triste de Outono!
ResponderEliminarBjs
Romântico!!!
ResponderEliminarBeijos, amiga!
Em Florbela Espanca a dor, dói menos pelo poder da arte na construção poética.
ResponderEliminarÉ admirável esta escrita sujeita a tantas regras de rima e métrica e ainda assim tão expressiva e completa.
Um beijo