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14/11/2024

Jacinto-de-água: Beleza Invasora




De um dos meus passeios deixo hoje alguns olhares sobre uma planta linda mas perigosa causadora de vários impactos negativos nos ecossistemas.

Jacinto-de-água: Beleza Invasora



O jacinto-de-água tem como nome científico Eichhornia crassipes e é uma espécie de planta aquática da família das pontederiáceas (Pontederiaceae). Nativa da América do Sul, foi naturalizada em todo o mundo e muitas vezes é invasora fora de sua área nativa.





É uma planta aquática flutuante, com raízes longas e ramificadas que se suspendem na água. As folhas são arredondadas, verde-brilhantes, com textura coriácea e pecíolos inflados que auxiliam na flutuação. As suas flores são azuis ou lilases em forma de espiga, com seis pétalas e um longo estame central. Propaga-se rapidamente por sementes e estolões.






Desenvolve-se em ambientes aquáticos com boa luminosidade e nutrientes disponíveis, como lagos, rios, lagoas e represas. Embora seja uma planta ornamental popular devido às suas belas flores, o jacinto-de-água pode tornar-se uma espécie invasora pois o seu rápido crescimento pode cobrir grandes áreas da superfície da água, impedindo a entrada de luz solar e dificultando a oxigenação da água. Isso pode levar à morte de outras plantas aquáticas e à proliferação de algas, prejudicando o equilíbrio ecológico do ambiente. O seu controle é fundamental para prevenir os impactos negativos.




Fontes: Wikipedia
Fotos: Pessoais

12/11/2024

A Voz da Saudade - Poema de Bernardina Vilar





Se cai a noite plácida, serena,
Tão branca de luar — doce magia...
A carícia da brisa torna a cena,
Num requinte envolvente de poesia.

O azul do céu de uma beleza extrema
Povoado de estrelas irradia,
E qual o encantamento de um poema
Faz palpitar sutil melancolia.

No Coração da mata um mocho pia
Rompendo a solidão num tom dolente,
Como um canto de amarga soledade.

E o coração da gente silencia
Porque mais alto que sua voz ardente
Fala a voz merencória da saudade.


Bernardina Vilar



09/11/2024

A Magia do Outono - Criações em IA




O Outono é, em essência, a estação dos sentidos. É um tempo para saborear as texturas, as cores, os cheiros e os sons do mundo ao nosso redor, mergulhando no encanto silencioso que só essa época do ano pode oferecer.


Caminhando pelo encanto e magia do Outono 

Criações em IA (Inteligência Artificial)






O outono é uma estação que traz consigo uma aura de encantamento singular, quase mágica. À medida que as folhas se tingem de tons quentes de vermelho, laranja e dourado, é como se a natureza se preparasse para um espetáculo visual que nunca se repete da mesma forma. Cada árvore, cada ramo, parece pintar sua própria obra de arte, tornando as paisagens um verdadeiro mosaico de cores e formas.





É uma época de aconchego, onde o crepitar da madeira nas lareiras e o som suave das folhas sendo pisadas evocam um sentimento de conforto e introspecção. O Outono é também um convite à reflexão. A natureza, ao se despir lentamente, nos lembra da impermanência das coisas, da beleza em aceitar as mudanças e de que, tal como as folhas que caem, às vezes é preciso deixar ir para renascer mais forte. Há algo de melancólico, mas também de esperançoso nessa dança entre o fim e o recomeço, que faz do outono uma estação cheia de poesia.





Os dias mais curtos e a luz dourada do sol poente criam um cenário perfeito para momentos de contemplação. O som suave do vento soprando nas árvores e a sensação do ar frio na pele nos conectam de maneira profunda com a natureza, como se pudéssemos ouvir os sussurros do tempo que passa, ao mesmo tempo em que também nos reconforta com a sua serenidade.











É uma estação envolta em encantamento e magia, como se a natureza se despedisse lentamente de seu apogeu vibrante para dar lugar ao repouso do inverno. Há uma sensação de transição no ar. O calor do verão dá lugar a um frescor agradável, e o vento carrega consigo o aroma das folhas secas e da terra húmida. Ao observarmos a natureza a vestir-se para o inverno, podemos encontrar um paralelo com as nossas próprias vidas, reconhecendo que as transições, embora às vezes melancólicas, são essenciais para o ciclo contínuo de crescimento e renovação.




Imagens de IA (Inteligência Artificial) criadas através das plataformas: NigthCafé, Mage, Playground


08/11/2024

Dia de Outono - Poesia




Senhor, foi um verão imenso: é hora.
Estende as tuas sombras nos relógios
de sol e solta os ventos prado afora.

Instiga a sazonarem, com dois dias
a mais de sul, as frutas que, tardias,
conduzes rumo à plenitude, e apura,
no vinho denso, a última doçura.

Quem não tem lar já não terá; quem mora
sozinho há de velar e ler sozinho,
escrever longas cartas e, a caminho
de nada, há de trilhar ruas agora,
enquanto as folhas caem em torvelinho


Rainer Maria Rilke
Tradução de Nelson Ascher,




05/11/2024

Divagando pelo Jardim da Cidade das Flores – Macau




Olhares que vieram da minha estadia em Macau

Divagando pelo Jardim da Cidade das Flores na Taipa em Macau





O Jardim da Cidade das Flores, fica bem perto da casa da minha filha, na Taipa em Macau. É um encantador espaço verde que combina os estilos orientais e ocidentais, apresentando uma diversidade de belas flores tropicais, de onde se destacam as Flores de Lótus. O parque oferece uma pausa tranquila no meio da agitação urbana.






Fui lá várias vezes com os meus netos, era uma forma de sair de casa e estar em contato com a natureza. Percorriamos os seus intricados caminhos, apreciavamos as flores, os lagos, os peixes, íamos por vezes para o parque infantil ou para a pista de patinagem para a Leonor andar de skate. Num dos dias fomos ver uma exposição de pinturas que estava lá a decorrer. No final da tarde escolhia-se um pavilhão e eles sentavam-se a comer. Que momentos maravilhosos!












As fotografias capturam o instante que a memória abraça para sempre, tornando assim o passado, um momento presente e eterno.



04/11/2024

Poema o Segredo do Mar de Afonso Lopes Vieira




A “Flor do Mar” avançando
Navegava, navegava,
Lá para onde se via
O vulto que ela buscava.

Era tão grande, tão grande
Que a vista toda tapava.

E Bartolomeu erguido
Aos marinheiros bradava
Que ninguém tivesse medo
Do gigante que ali estava.

E mais perto agora estão
Do que procurando vão!

Bartolomeu que viu?
Que descobriu o valente?
- Que o gigante era um penedo
que tinha forma de gente?

Que era dantes o mar? Um quarto escuro
Onde os meninos tinham medo de ir.
Agora o mar é livre e é seguro
E foi um português que o foi abrir.


Afonso Lopes Vieira, in “Antologia Poética”



02/11/2024

A versátil e atraente planta Rosemary Grevillea rosmarinifolia




Hoje vamos divagar o olhar por uma bela e exótica planta que encontrei em alguns jardins.


A versátil e atraente planta Rosemary Grevillea rosmarinifolia



Esta interessante planta destaca-se pela sua beleza e rusticidade e é conhecida popularmente como Grevília-rosmarinho. Pertence à família Proteaceae e tem como nome cientifico Grevillea rosmarinifolia. É originária do sudeste da Austrália.




É um arbusto perene de porte médio, que pode atingir até 2 metros de altura. Uma das suas características mais marcantes são as folhas lineares e aromáticas, que lembram as folhas do alecrim (Rosmarinus officinalis), daí o nome popular "Grevília-rosmarinho". As flores são pequenas e tubulares, dispostas em inflorescências densas e coloridas, que podem variar do vermelho ao rosa. A floração ocorre principalmente na primavera e no verão, atraindo diversos tipos de polinizadores, como aves e insetos.





Relativamente ao cultivo, é uma planta relativamente fácil de cultivar, desde que seja plantada num local com boa exposição solar e solo bem drenado. Tolera diversos tipos de solo, mas prefere solos ácidos e arenosos. A rega deve ser moderada, evitando encharcamentos.





A Grevillea rosmarinifolia é uma planta versátil, robusta e atraente, ideal tanto para o cultivo em jardins ornamentais quanto para projetos de paisagismo sustentável. É uma ótima planta para formar cercas-vivas ou barreiras devido à sua folhagem densa e crescimento compacto.




Fotos: Pessoais

01/11/2024

Prece - poema de Maria de Santa Isabel




Ave Maria, minha Mãe do Céu:
Novembro, o mês da morte, aproximou-se,
Toldando o nosso olhar como se fosse
Um denso véu.
Há rosas desmaiadas no canteiro;
É triste a luz do dia;
Parece que um anseio de agonia
Envolve o mundo inteiro!

Rezemos pelos mortos, nesta hora;
Oh Mãe do Céu, ouvi a nossa prece!
Olhai, até parece
Que a natureza chora!
A chuva cai, espavorida;
o vento agita-se, bravio,
Transindo-nos de frio
A alma dolorida!

- Dai aos mortos, Senhor, a paz infinda
Que só no Céu existe,
E os vivos, neste mundo, hostil e triste,
Uma crença maior, maior ainda!



Maria de Santa Isabel




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