Demoro
a fechar janelas
porque me dói
a vida entre dentro e fora.
Meu gesto lento,
sem antes nem depois,
desconhece se abre ou se fecha
a janela de uma outra janela.
Sem longe nem perto,
entre sombra e além,
na casa onde meu corpo começa,
sou eu mesmo a terra que contemplo.
Depois do vidro,
perdida da sua própria imagem,
a paisagem ainda mora toda em mim.
E eu, já, nela.
Mia Couto
a fechar janelas
porque me dói
a vida entre dentro e fora.
Meu gesto lento,
sem antes nem depois,
desconhece se abre ou se fecha
a janela de uma outra janela.
Sem longe nem perto,
entre sombra e além,
na casa onde meu corpo começa,
sou eu mesmo a terra que contemplo.
Depois do vidro,
perdida da sua própria imagem,
a paisagem ainda mora toda em mim.
E eu, já, nela.
Mia Couto
Mia Couto tem uma forma tao peculiar de versejar...
ResponderEliminar: )
Lovely poem Maria.
ResponderEliminarTake care..
Lindo! beijos, chica e ótimo fds!
ResponderEliminarEs una poesía muy bella que la acompañaste con una imagen especial.
ResponderEliminarSaludos.
Beautiful poem.
ResponderEliminarQue lindo!
ResponderEliminarBjs
Gosto muito Maria!!! Bj
ResponderEliminarBeautiful!
ResponderEliminarGrata pela partilha. Gosto imenso da poesia de Mia Couto.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
À margem:
Já tenho o computador em casa, mas em 6 horas já se encerrou 8 vezes o que quer dizer que se não está melhor está pouco melhor apesar de desta vez eles me dizerem que substituíram uma peça. Noto diferenças, está mais rápido e o ecrã de encerrar voltou a ser azul. Passara a ser verde quando o problema começou. Vamos ver como se porta amanhã, mas se continuar assim, volta para lá na segunda-feira.
Wow, that's nice !
ResponderEliminarMuy bonita María. Un beso.
ResponderEliminar