(A Ovídio de Alpoim)
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranqüila,
- Perdida voz que de entre as mais se exila,
- Festões de som dissimulando a hora
Na orgia, ao longe, que em clarões cintila
E os lábios, branca, do carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila.
E a orquestra? E os beijos? Tudo a noite, fora,
Cauta, detém. Só modulada trila
A flauta flébil... Quem há-de remi-la?
Quem sabe a dor que sem razão deplora?
Só, incessante, um som de flauta chora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranqüila,
- Perdida voz que de entre as mais se exila,
- Festões de som dissimulando a hora
Na orgia, ao longe, que em clarões cintila
E os lábios, branca, do carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila.
E a orquestra? E os beijos? Tudo a noite, fora,
Cauta, detém. Só modulada trila
A flauta flébil... Quem há-de remi-la?
Quem sabe a dor que sem razão deplora?
Só, incessante, um som de flauta chora...
Camilo Pessanha
Muy bonito. Besitos.
ResponderEliminarWow, beautiful!
ResponderEliminarBoa tarde Maria,
ResponderEliminarUm poema lindo de Camilo Pessanha!
Obrigada pela partilha.
Beijinhos,
Ailime
Um poema que não chora,
ResponderEliminartodavia, também não ri
poema, do que esse agora
não sei se melhor não li?
Tenha uma boa noite e um bom dia de Domingo amiga Maria. Um abraço.
Triste sentir de una flauta...quizás con ello disipan los dolores..
ResponderEliminarBela escolha!!!
ResponderEliminarBoa semana 🌹