Meus olhos ficam neste parque,
Minhas mãos no musgo dos muros,
Para o que um dia vier
buscar-me,
Entre pensamentos futuros.
Não quero pronunciar teu nome,
Que a voz é o apelido do vento,
E os graus da esfera me
consomem
Toda, no mais simples momento.
São mais duráveis a hera, as
malvas,
Que a minha face deste
instante.
Mas posso deixá-la em palavras,
Grava num tempo constante.
Nunca tive os olhos tão claros
E o sorriso em tanta loucura.
Sinto-me toda igual às árvores:
Solitária, perfeita e pura.
Aqui estão meus olhos nas
flores,
Meus braços ao longo dos ramos:
E, no vago rumor das fontes,
Uma voz de amor que sonhamos.
Cecília Meireles
Um retrato lindíssimo.
ResponderEliminarBjs
Very nice.
ResponderEliminarBoa escolha!Adoro Cecília Meireles.
ResponderEliminarAbraço
Maravilhosa Cecília Meireles.
ResponderEliminarBjs Maria Rodrigues.
Carmen Lúcia.
Muito obrigada pela partilha!
ResponderEliminarBeijo e um dia Feliz.
Lindo poema da Cecília Meireles,não conhecia.Obrigada por compartilhar.Beijinhos!
ResponderEliminarUma boa escolha de um poema lindissimo.
ResponderEliminarCecilia Meireles é uma das minhas poetas preferidas.
Continuação de boa semana.
Beijos.
:)
Mais um sublime poema de Cecília, que foi uma delícia descobrir por aqui, Maria!...
ResponderEliminarPara ler e reler... Beijinhos
Ana