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01/11/2017

No Ciclo Eterno





No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo inverno após novo outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira.
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.
Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos.

Ricardo Reis



11 comentários:

  1. Um Inverno que tarda em dar sinais, não é?
    Quando assim é receio que depois venha em força.

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  2. Oi Maria,
    Um ciclo eterno de mu tavéis coisas.
    Uma bela reflexão.
    Beijos

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  3. Partilha preciosa!!!
    A profundidade única do Ricardo Reis (mestre Fernando Pessoa)
    a nos envolver neste caminhar profundo da alma aberta
    em questionamentos do eu...
    A imagem escolhida linda!!
    Dias felizes e na paz, querida Maria!
    Beijinhos.

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  4. O ciclo natural da vida pede renovação...
    Bonito poema!
    Um beijinho

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  5. Na inversão imposta pela distância a aproximação que da primavera saúda com o verão, vindo a mim, ao inverno que vem vindo para você.
    Cadinho RoCo

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  6. Lindo demais!! Amei

    Beijo e uma boa noite

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  7. Que o próximo inverno de todo diferente,
    não seja, do inverno,dos anos anteriores
    que é para na próxima primavera a gente
    ver floridas na paisagem lindas flores!

    Tenha uma boa noite amiga Maria, um abraço,
    Eduardo.

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  8. Olá, cheguei aqui através de um blogue amigo em comum. Gostei, vou ficar e vou levar-te comigo...

    Bjos e uma excelente noite

    http://brincandocomaspalavrass.blogspot.pt/

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  9. O transitar do tempo transmudando de uma estação à outra
    Um poema fascinante
    Beijos e dias de paz

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  10. Pessoa... no seu melhor...
    Este poema não conhecia... um poema denso e profundo, como são todas as obras deste autor maior...
    Adorei! Beijinho
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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