De que distância
chega essa chuva
de asas, tangida
pela ventania?
Vem de que tempo?
Noturna agora
a chuva morta
bate na porta.
(As biqueiras da infância, as lavadeiras
correm, tiram as roupas do varal,
relinchos do cavalo na campina,
tangerinas e banhos no quintal,
potes gorgolejando, tanajuras,
os gansos, a lagoa, o milharal.)
De onde vem essa
chuva trazida
na ventania?
Que rosas fez abrir?
Que cabelos molhou?
Estendo-lhe a mão: a chuva fria.
chega essa chuva
de asas, tangida
pela ventania?
Vem de que tempo?
Noturna agora
a chuva morta
bate na porta.
(As biqueiras da infância, as lavadeiras
correm, tiram as roupas do varal,
relinchos do cavalo na campina,
tangerinas e banhos no quintal,
potes gorgolejando, tanajuras,
os gansos, a lagoa, o milharal.)
De onde vem essa
chuva trazida
na ventania?
Que rosas fez abrir?
Que cabelos molhou?
Estendo-lhe a mão: a chuva fria.
O poema é belo, a chuva irrita-me solenemente.
ResponderEliminarÓtima escolha, linda poesia! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarBem diferente e maravilhoso poetar de Mauro Mota.
ResponderEliminarBjs Maria Rodrigues e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
E como a chuva já é tão desejada, por estes dias!... :-(
ResponderEliminarFaz falta, e é sinónimo de vida!...
Gostei imenso do poema, de um autor que não conhecia!
Beijinhos
Ana