Aquela, que eu adoro, não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas lânguidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita...
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortaes entre ruínas,
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas
D'um corcel e combate satisfeita...
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...
É como uma miragem, que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas lânguidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita...
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortaes entre ruínas,
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas
D'um corcel e combate satisfeita...
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...
É como uma miragem, que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Poemas são miragens feitas pelas palavras disfarçadas.
ResponderEliminarBoa semana
Interessante e maravilhosa escolha. Adorei
ResponderEliminarBeijo e um sábado feliz
Antero de Quental foi um grande escritor.
ResponderEliminarE este soneto é magnífico.
Obrigado pela partilha, foi uma excelente escolha.
Bom fim de semana, amiga Maria.
Beijo.
Mais um excelente poema de Antero Quental, obrigado pela partilha.
ResponderEliminarBom fim de semana Maria.
Um beijinho
Do ilustre Antero,
ResponderEliminarli esse belo poema
na vida o que eu quero
de mim não sintam pena!
Tenha uma boa noite, e um bom dia de domingo, amiga Maria, um abraço,
Eduardo.
Os sonetos de Quental são maravilhosos Maria e sua escolha foi ótima.
ResponderEliminarBonita ilustração.
Gosto de suas escolhas poéticas para as partilhas.
Bjs de paz amiga.