No alegre sol de então
De uma manhã de amor,
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve
coração.
Ia e vinha e a voar
Gentil e trêfega, azul,
Sonoramente a percorrer pelo
ar,
Como um silfo tenuíssimo e
taful.
Sobre os frescos rosais
Pousava débil, subtil,
Doirando tudo de um risonho
abril
Feito de beijos e de
madrigais.
Que doce embriaguez
O voo assim seguir
Da borboleta azul, correndo,
a vir
Do espaço pela Etérea
candidez!
Fazendo, tal e qual,
O mesmo giro assim,
O mesmo voo límpido, sem
fim,
Nos mundos virgens de
qualquer ideal.
Ir como ela também
Em busca das loucas
E tropicais e fulgidas
manhãs
Cheias de colibris e sol,
além…
Ir com ela na luz
De mundos através,
Sem abrolhos nas mãos,
cardos nos pés,
Ó alma, minha, que alegria a
flux!…
No alegre sol de então
De uma manhã de amor
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve
coração.
Não conhecia o poema e o poeta.
ResponderEliminarE gostei imenso.
Gostei desse bailado poético entre o sol e a borboleta azul nos madrigais.
ResponderEliminarQue esse amor que transparece também possa habitar em nossos corações
bjs
Intensamente lindo e lírico, parabéns Maria pela sensibilidade...publicação maravilhosa! abraços, ania..
ResponderEliminarQue poesia encantadora Maria Rodrigues!
ResponderEliminarAmo borboletas.rs
Bjs-Carmen Lúcia.
O voo de uma borboleta lembra mesmo um coração leve, né Maria?
ResponderEliminarQue bela analogia do poeta!
ABÇ
JAN
Bem a meu gosto que adoro borboletas!!! Bj
ResponderEliminarBoa noite, querida Maria!
ResponderEliminarQue lindo! Amei e o azul mexe demais comigo...
Seaj feliz e abençoada!
Bjm de paz e bem
Muito bonito, o poema... de uma sutileza, que impressiona!
ResponderEliminarBeijos,
Valéria
Este poeta brasileiro do séc. XIX consegue emocionar-nos pela sensibilidade à natureza simples, imediata e nela transfigurar emoções.
ResponderEliminarBelo, Maria!
Beijinho.