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10/05/2017

Da minha Janela - Poema de Florbela Espanca





Mar alto! Ondas quebradas e vencidas
Num soluçar aflito e murmurado...
Ovo de gaivotas, leve, imaculado,
Como neves nos píncaros nascidas!

Sol! Ave a tombar, asas já feridas,
Batendo ainda num arfar pausado...
Ó meu doce poente torturado
Rezo-te em mim, chorando, mãos erguidas!

Meu verso de Samain cheio de graça,
Inda não és clarão já és luar
Como branco lilás que se desfaça!

Amor! teu coração trago-o no peito...
Pulsa dentro de mim como este mar
Num beijo eterno, assim, nunca desfeito!...



Florbela Espanca



14 comentários:

  1. Lindo! Não conhecia, obrigado por me dares esse prazer!

    Sem tempo para acompanhar os blogues, continuo acompanhar o meu genro que luta pela vida.

    Beijinho Maria

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  2. Florbela entendia como ninguem transformar o cotidiano em poesia... lindo poema...

    Beijos...

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  3. Oi, Maria!

    Delícia ler um poema da Florbela Espanca em seu espaço!
    Adoro a intensidade, o amor e sua complexidade!...

    Beijo grande! =)

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  4. Amo os poemas desta eterna Poetisa!

    Beijinhos

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  5. Adoro a sensibilidade de Florbela.

    bjokas =)

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  6. Linda escolha do poema amiga Maria, amei ler!
    Abraços apertados!

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  7. Boa tarde, da lindas janela citar Florbela Espanca é maravilhoso.
    Continuação de feliz semana,
    AG

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  8. Olá Maria
    Lindo poema, abraços.

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  9. a imagem está muito bem para o soneto da Florbela Espanca
    uma boa partilha
    :)

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  10. Oi Maria,
    Gosto de ler Florbela Espanca...
    não conhecia esse poema e apreciei muito!
    Beijos!

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  11. Florbela e seus poemas transbordantes...
    Lindo, lindo, lindo!
    Abraço carinhoso.

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  12. Muito bonito, gostoso de ler! bj

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