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13/10/2016

Desencanto - Poema de Manuel Bandeira





Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca

Eu faço versos como quem morre.
Qualquer forma de amor vale a pena!!
Qualquer forma de amor vale amar!



Manuel Bandeira


2 comentários:

  1. Lindo o Manoel com este soneto, onde qualquer forma de amor vale amar.
    Bela escolha da obra deste belo poeta.
    Bjs de paz amiga.

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  2. Boa tarde Maria! Em primeiro lugar agradecer as visitas ao blog e preocupação.A verdade é que por aqui as coisas não andaram bem,vamos a ver daqui para diante o que espero que sejam melhores.Gosto bastante deste poeta.Beijinhos e bom fim de semana.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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