Bati
no portão do tempo perdido,
ninguém atendeu.
Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
Resposta nenhuma .
A casa do tempo perdido está coberta de hera
pela metade; a outra metade são cinzas.
Casa onde não mora ninguém,
e eu batendo e chamando pela dor de chamar
e não ser escutado.
Simplesmente bater.
O eco devolve minha ânsia de entreabrir
esses passos gelados.
A noite e o dia se confundem no esperar,
no bater e bater .
O tempo perdido certamente não existe.
É o casarão vazio e condenado.
ninguém atendeu.
Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
Resposta nenhuma .
A casa do tempo perdido está coberta de hera
pela metade; a outra metade são cinzas.
Casa onde não mora ninguém,
e eu batendo e chamando pela dor de chamar
e não ser escutado.
Simplesmente bater.
O eco devolve minha ânsia de entreabrir
esses passos gelados.
A noite e o dia se confundem no esperar,
no bater e bater .
O tempo perdido certamente não existe.
É o casarão vazio e condenado.
É sempre um privilégio ler Drummond de Andrade, poeta de que gosto muito.
ResponderEliminarUm abraço
Adorei o poema.Muito lindo!!! bjs, chica e ótimo dia!
ResponderEliminarLindo poema de Carlos Drummond, amo suas poesias.
ResponderEliminarEle diz a verdade, quantas e quantas vezes batemos em portas que não existe mais ningué, está vazia e dolorida...
Grande beijo amiga Maria no coração.