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04/03/2016

Os Rios - Poema de Olavo Bilac





Magoados, ao crepúsculo dormente,
Ora em rebojos galopantes, ora
Em desmaios de pena e de demora,
Rios, chorais amarguradamente,

Desejais regressar... Mas, leito em fora,
Correis... E misturais pela corrente
Um desejo e uma angústia, entre a nascente
De onde vindes, e a foz que vos devora.

Sofreis da pressa, e, a um tempo, da lembrança.
Pois no vosso clamor, que a sombra invade,
No vosso pranto, que no mar se lança,

Rios tristes! agita-se a ansiedade
De todos os que vivem de esperança,
De todos os que morrem de saudade...


Olavo Bilac

10 comentários:

  1. Bom dia, queria Maria!
    Viver de esperança é muito saudável!
    Bjm muito fraterno

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  2. Muito lindo, Maria!
    Obrigada pelos parabéns no niver do Vida & Plenitude. Gostei muito!!
    Bjs e feliz fim de semana...

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  3. Gosto muito de Olavo Bilac.
    Um abraço e bom fim de semana

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  4. Olavo Bilac esteve presente em minha vida estudantil. Uma riqueza de poema. Bjs.

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  5. É sempre um prazer passar por essas belas postagens que partilha conosco, amiga!
    Boa noite e grata pela visita!!!

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  6. Maravilhoso. Boa escolha
    Beijos, Bom fim de semana
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  7. Fantástico! Olavo Bolachas retrata bem meus sentimentos hoje.Beijinhos

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  8. Deliciosamente triste... mas de uma beleza impar, este poema!
    Lindíssimo!
    Bjs
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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