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13/02/2016

Chove - Poema de Ana Cristina César




A chuva cai.
Os telhados estão molhados,
Os pingos escorrem pelas vidraças.
O céu está branco,
O tempo está novo.
A cidade lavada.
A tarde entardece,
Sem o ciciar das cigarras,
Sem o jubilar dos pássaros,
Sem o sol, sem o céu.
Chove.
A chuva chove molhada,
No teto dos guarda-chuvas.
Chove.
A chuva chove ligeira,
Nos nossos olhos e molha.
O vento venta ventado,
Nos vidros que se embalançam,
Nas plantas que se desdobram.
Chove nas praias desertas,
Chove no mar que está cinza,
Chove no asfalto negro,
Chove nos corações.
Chove em cada alma,
Em cada refúgio chove;
E quando me olhaste em mim,
Com os olhos que me seguiam,
Enquanto a chuva caía
No meu coração chovia
A chuva do teu olhar.


Ana Cristina César

5 comentários:

  1. Muito bonito, este poema. Apropriado à data que se aproxima.
    Um abraço e bom fim de semana

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  2. Muito adequado! Maravilhoso, lindo de mais!

    Beijo e um bom sábado.
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  3. Muy bello poema seguro se escribió un día de lluvia sintiendo la lluvia en el alma.

    Besos feliz fin de semana.

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  4. Olá Maria! Adorei o poema nos toca.Um feliz fim de semana e beijinho.

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  5. Um poema lindíssimo... e por sinal, bem adequado ao estado do tempo, nestes últimos dias...
    Mas que a chuva caia antes, lá fora... do que no nosso coração...
    Beijinhos
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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