Paginas

21/11/2015

Dia - Poema de Octavio Paz




De que céu caído,
oh insólito,
imóvel solitário na onda do tempo?
És a duração,
o tempo que amadurece
num instante enorme, diáfano:
flecha no ar,
branco embelezado
e espaço já sem memória de flecha.
Dia feito de tempo e de vazio:
desabitas-me, apagas
meu nome e o que sou,
enchendo-me de ti: luz, nada.

E flutuo, já sem mim, pura existência.


Octavio Paz, in "Liberdade sob Palavra"
Tradução de Luis Pignatelli



16 comentários:

  1. Um belo poema de Octávio Paz.
    Um abraço e bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  2. Grande Octavio Paz!
    Un beso María y que tengas un estupendo finde :)

    ResponderEliminar
  3. Muito belo.
    Um abraço e bom fim de semana

    ResponderEliminar
  4. Poema soberbo! Parabéns..

    Beijo, bom fim de semana.

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  5. Belo poema!!!!! Ótima tarde!!!!!! Beijos..

    ResponderEliminar
  6. Agradeço-lhe a partilha, Maria, este poema é dos que perduram...

    Um bom final de semana :)

    ResponderEliminar
  7. Olá Maria Rodrigues
    Passando por aqui para agradecer a sua visita ao meu blog, gostei muito daqui. Um forte abraço.

    ResponderEliminar
  8. Muito bonito.

    Isabel Sá
    http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  9. Bela escolha,o tempo não para,e com ele vamos juntos.
    Lindo poema!
    Vim agradecer o seu carinho,em seguir meu blog.
    Beijinhos e um ótimo Domingo.

    ResponderEliminar
  10. Que precioso momento poético do autor. Belíssimo!
    Um domingo iluminado
    Beijo grande

    ResponderEliminar
  11. ✿ه°
    Assim é o tempo... "assim caminha humanidade"!...

    Ótimo domingo! Boa semana!
    Beijinhos.
    ♪♫˚·.♩

    ResponderEliminar
  12. Um belíssimo poema, que não conhecia e gostei muito de ler. Bjs.

    ResponderEliminar
  13. Belíssima escolha de um belo poema!!!
    Beijo.

    ResponderEliminar
  14. Às vezes ausentarmo-nos um pouco de nós, torna-nos leves. Para que
    acima de nós flutuemos.
    Belíssimo poema de O. Paz!
    xx

    ResponderEliminar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

Topo