Abriu-se a janela
que existia no ar.
Ninguém viu posar
qualquer sombra nela.
que existia no ar.
Ninguém viu posar
qualquer sombra nela.
Entre o lago e a lua,
sozinha subia
uma árvore fria,
delicada e nua.
E, de galho em galho,
andavam as loucas,
com cestas e toucas,
em busca de orvalho.
Azuis, os vestidos,
e o rosto coberto
de um luar incerto
- com os traços perdidos.
(Certamente para
que ninguém lembrasse
a dorida face
que amara e chorara...)
As loucas nos ramos
brincavam. E havia
no ar essa alegria
que nunca alcançamos.
Pela madrugada,
desfez-se a janela.
Partiram, com ela,
as sombras do nada.
Cecília Meireles
sozinha subia
uma árvore fria,
delicada e nua.
E, de galho em galho,
andavam as loucas,
com cestas e toucas,
em busca de orvalho.
Azuis, os vestidos,
e o rosto coberto
de um luar incerto
- com os traços perdidos.
(Certamente para
que ninguém lembrasse
a dorida face
que amara e chorara...)
As loucas nos ramos
brincavam. E havia
no ar essa alegria
que nunca alcançamos.
Pela madrugada,
desfez-se a janela.
Partiram, com ela,
as sombras do nada.
Cecília Meireles
Oi Maria,
ResponderEliminarLinda poesia, até me emocionou
Beijos no coração
Dorli Ramos
Lindo...Lindo!!
ResponderEliminarBeijinhos e um dia feliz´
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Um belo poema da Cecília Meireles.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Cecília Meireles. Que bom lê-la aqui.
ResponderEliminarUm beijo.
Poema maravilhoso...
ResponderEliminarPara cada noite... haverá sempre um amanhecer, a trazer alguma esperança renovada... com algo de bonito para ver...
Bjs
Ana