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01/08/2014

Vêm de um céu - Poema de Eugénio de Andrade




Vêm de um céu
talvez de ficção. Vejo-as chegar,
vejo-as partir. São aves
de passagem, não lhes sei o nome.
Têm como eu pouca realidade.
Seguem a direcção do vento,
rumo a sul, chamadas
pela cal ardendo sobre o mar.
É difícil a nostalgia;
naturalmente mais difícil quando
o tempo fere o nosso olhar
e o priva do que fora mais seu:
a nudez musical da luz primeira.
Mas de que falo eu, se não forem aves?


Eugénio de Andrade


9 comentários:

  1. Oi amiga, que poema lindo...
    Bjssssss

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  2. A delicadeza do poema de Eugénio de Andrade associado à ternura da imagem formam, sem nenhuma dúvida, um belo quadro onde de alguma forma a tua sensibilidade se expressa, minha amiga.
    Que teu final de semana tenha sorrisos e se enfeite de estrelas.
    Com carinho,
    Helena

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  3. Muito bonito poema, Maria! As aves nos ensinam muitíssimo...
    Muita paz e um feliz final de semana...

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  4. Excelente escolha Maria...gostei de reler este poema de Eugénio de Andrade.

    Beijinho e uma flor

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  5. Oi Maria obrigada por se importar com a minha saúde , graças a Deus, estou quase boa . Como sempre aqui encontramos lindas poesias, gosto muito deste teu cantinho poético, por isso quando posso venho sempre aqui. Um abraço amiga votos de muita paz. Celina

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  6. Olá, querida Maria
    Aves voam para nos lembrar de que não devemos nos paralisar por nenhuma intempérie...
    Lindo post/poema!!!
    Bjm fraterno de paz e bem

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  7. Todos nós somos aves. Por isso partimos, para ali, para acolá. Um dia, pousamos, e ficamos.
    ---------
    Que a felicidade ande por aí.

    MANUEL

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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