Carta ao Mar
Deixa escrever-te, verde mar antigo,
Largo Oceano, velho deus limoso,
Coração sempre lírico, choroso,
E terno visionário, meu amigo!
Das bandas do poente lamentoso
Quando o vermelho sol vai ter comtigo,
- Nada é mais grande, nobre e doloroso,
Do que tu, - vasto e húmido jazigo!
Nada é mais triste, trágico e profundo!
Ninguem te vence ou te venceu no mundo!...
Mas tambem, quem te pode consolar?!
Tu és Força, Arte, Amor, por excelência! -
E, com tudo, ouve-o aqui, em confidência;
- A Musica é mais triste inda que o Mar!
António Gomes Leal, in 'Claridades do Sul'
“Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.” (Fernando Pessoa)
Muito bonito sem dúvida!!!
ResponderEliminarbjs
anacosta
Um belo poema que retrata a beleza das palavras
ResponderEliminare nos transporta par esse mundo das letras!
Tenha um dia bem BOM!
Amiga Maria!
ResponderEliminarBelo poema!
Mar tão poderoso e profundo, inspirando tantos poetas.
Uma semana saudável!
Beijos!
Ai que linda carta! tomara ter sido eu a escrevê-la!
ResponderEliminarBjs