Às vezes, em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz.
Vive-se como se nasce
Sem o querer nem saber,
Nessa ilusão de viver
O tempo morre renasce
Sem que o sintamos correr.
O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
Nesse país por onde erra
Meu longínquo divagar.
Nem se sonha nem se vive:
É uma infância sem fim.
Parece que se revive
Tão suave é viver assim
Nesse impossível jardim.
Fernando Pessoa
Maria querida
ResponderEliminarExcelente escolha!
Como as palavras escritas à tanto tempo de Fernando Pessoa possam estar tão actuais.
Beijinho e uma flor
Lindo! Fernando Pessoa é genial. Faz da poesia um tênue caminhar.Suave, doce e ao mesmo tempo traz verdades.
ResponderEliminarVocê tem a sensibilidade de escolher jóias que nos fazem refletir.
Bjs no coração bela amiga
Eloah
Amiga Maria.O poema de Pessoa nos leva a um país como o nosso, em que viver e morrer já é banal,os sonhos ficam na soleira da porta porque custam a entrar para florir a alma.
ResponderEliminarUm beijinho e tudo de bom
Minha querida Maria
ResponderEliminarUm maravilhoso poema de Fernando Pessoa que eu adoro.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Olá Maria
ResponderEliminarSabe sempre bem ler Fernando Pessoa. É um dos meus autores preferidos.
Beijinhos
Lourdes
Bom e agradável é refletir nos poemas de Fernando Pessoa...
ResponderEliminarAchei bonita também a imagem... Caminho, flores, borboletas, joaninha, campo, árvores, casa, lindo céu!... Divaguei até!!
UM BEIJÃO, MARIA.......
Oi Maria, um belo poema de Fernando Pessoa e a imagem linda também, beijos
ResponderEliminarOlá Maria,
ResponderEliminarFernado Pessoa é um poeta único, irrepetível.
Como seria bom viver sem calendários e sem relógios, não ter a noção do tempo e viver nesse impossível jardim.
Bjis
J
Um excelente poema, ou não fosse do grande mestre de poesia.Gosto do Fernando do Ricardo do Alvaro e do Alberto. Extraordinária a capacidade de se desdobrar, sem nunca se repeti.
ResponderEliminarUm abraço
*
ResponderEliminareu vou reler
o apelo de Pessoa
moinho de sonhos
do meu sofrimento,
concedo-te Maria,
este bravio apetite,
alucinando sonhos
em castelos de areia.
srsrsrsr,
,
respeitáveis conchinhas.
te envio, Maria !
*