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29/11/2011

Lembrança - Poema de Florbela Espanca




Fui Essa que nas ruas esmolou
E fui a que habitou Paços Reais;
No mármore de curvas ogivais
Fui Essa que as mãos pálidas poisou...

Tanto poeta em versos me cantou!
Fiei o linho à porta dos casais...
Fui descobrir a Índia e nunca mais
Voltei! Fui essa nau que não voltou...

Tenho o perfil moreno, lusitano,
E os olhos verdes, cor do verde Oceano,
Sereia que nasceu de navegantes...

Tudo em cinzentas brumas se dilui...
Ah, quem me dera ser Essas que eu fui,
As que me lembro de ter sido... dantes!...


Florbela Espanca


13 comentários:

  1. passo para te dizer, boa noite, Maria.
    um beijo.

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  2. Maria, querida, sempre que venho até aqui, preparo-me para sentir emoção...E hoje não foi diferente com esse lindo poema de Florbela Espanca. A postagem anterior, também, impecável! Bom de vir...difícil de sair... Beijos.

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  3. Bom dia minha amiga. Belo poema e imagem....perfeito! Maravilhoso! Adorei. Tenha um exelente dia e todo carinho pra vc! Bjos.

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  4. Lindíssimo poema!Ótimo dia!beijos,chica

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  5. Olá, Maria, que belo soneto. Tenha um dia lindo, pleno de paz!

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  6. oi Maria,

    linda escolha minha amiga,
    Florbela é um poço de
    sensibilidade,
    adoro...

    beijinhos

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  7. Todas as vezes que leio algo de Espanca é sempre uma surpresa, ela como ninguém soube escrever realmente o que sentia, pois transmitia isso em palavras tão simples e singelas.
    Abraços
    Lhú Weiss

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  8. Poema maravilhoso de Florbela Espanca, parabéns pela escolha, querida Maria.
    Um grande abraço e muita paz!

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  9. Este poema é divino, belíssimo, mais um presente levo em meu coração deste espaço, por isso deixo aqui minha gratidão por momentos lindos que passo aqui.
    Com carinho
    Hana

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  10. Maria
    As palavras de Florbela são como uma benção.
    Obrigada po mais uma belissima partilha.
    Beijinho

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  11. Uma belíssima escolha minha querida...
    Tenha um boa noite amiga, fique na alegria...beijos
    Valéria

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  12. Olá Maria querida.
    Adoro Florbela, achei lindo o poema.

    Beijinho.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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