Vestiu-se para um baile que não há.
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar da sua vida
tem de baixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.
Cecília Meireles
Quando a Beleza se acaba.....
ResponderEliminarBeijo
Lindo! Profundo e ao mesmo tempo suave...
ResponderEliminarSempre Cecília.
Abraços
Lindo e maravilhoso poema, carregado de significado.
ResponderEliminarGosto muito de Cecília Meireles.
ResponderEliminarTenho um selinho pra ti no Blog A CASA DA FADA...
ResponderEliminarBeijo