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23/10/2010

Em uma Tarde de Outono - Poema de Olavo Bilac


Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...

Olavo Bilac



"Outono é outra Primavera, cada folha uma flor." (Albert Camus)

5 comentários:

  1. Gostei do poema e adorei a frase de Camus.
    Beijinhos.

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  2. Minha querida
    Um poema lindissimo de Olavo Bilac, sempre muita sensibilidade nas escolha que fazes, lindo.

    Beijinhos com carinho
    Sonhadora

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  3. Lindo esse poema de Olavo Bilac, amo o outono.

    Obrigada amiga pela sua companhia.

    Bom domingo!

    beijooo.

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  4. Olá, entrei por curiosidade, gostei! Adoro todas as estações do Ano, e cada uma a seu tempo, não deixa que encham a medida, a única que quero que passe mais rápido é o Inverno, esse senhor que nos dá desconforto na rua, vento, chuvas...

    Um beijinho da laura

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  5. Vendo esta imagem o Outuno apetece!
    Bjs

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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