Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!
E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...
Olavo Bilac
"Outono é outra Primavera, cada folha uma flor." (Albert Camus)
Gostei do poema e adorei a frase de Camus.
ResponderEliminarBeijinhos.
Minha querida
ResponderEliminarUm poema lindissimo de Olavo Bilac, sempre muita sensibilidade nas escolha que fazes, lindo.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Lindo esse poema de Olavo Bilac, amo o outono.
ResponderEliminarObrigada amiga pela sua companhia.
Bom domingo!
beijooo.
Olá, entrei por curiosidade, gostei! Adoro todas as estações do Ano, e cada uma a seu tempo, não deixa que encham a medida, a única que quero que passe mais rápido é o Inverno, esse senhor que nos dá desconforto na rua, vento, chuvas...
ResponderEliminarUm beijinho da laura
Vendo esta imagem o Outuno apetece!
ResponderEliminarBjs