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13/08/2010

Quem morre? Poeta brasileira Martha Medeiros


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.


Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples facto de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Texto de Martha Medeiros
Fotos: Josephine Wall 


"O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar." (Charles Chaplin)

10 comentários:

  1. Olá Maria!
    Obrigado pelas palavras de incentivo deixadas no azimute. O seu apoio pode ser a luz que indique o caminho certo.
    Os amigos são INDISPENSÁVEIS.
    bjs
    J

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  2. Maravilhoso texto e imagens,Maria!um beijo,tudo de bom,chica

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  3. Querida amiga Maria, quantas vezes já me deixei morrer, sem me dar conta...Tenha um lindo final de semana...Beijocas

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  4. Que lindo texto da Martha! Belo post querida. Eu ainda completaria: "Morre lentamente quem vive apressadamente"... Bjs.

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  5. querida maria,
    Inventamos nosso proprio palco para representar no nosso maior espetáculo, nossa VIDA!!

    Beijos....otimo final de semana....

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  6. Maria
    Amiga feliz por te ver no meu cantinho.
    Nada mais bonito que o lindo sorriso de uma criança e de uma amiga...

    Vamos continuar a procurar para podemos achar

    Um beijo

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  7. Muito boas as palavras da Martha - que, diga-se de passagem é daqui da minha cidade, Porto Alegre -, o texto dela tem a vantagem de além de ser sábio, ser moderno, portanto, está perfeitamente adaptado aos dias de hoje, ao tempo presente. É muito bom mesmo! Parabéns pelo teu bom gosto!

    Um abraço!

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  8. *
    um belo texto,
    de uma óptima escolha,
    ,
    conchinhas, ficam,
    ,
    *

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  9. É minha querida eu sinto tudo isto em minha pele , tem aqui muita coisa onde eu me revejo, e sinto que aos 60 anos estou morrendo, nem sei se lentamente se rápido demais mas sei que estou perdendo muito do gosto pela vida.
    Beijinhos de luz e muita paz em seu coração

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  10. Maria,quantas vezes matamos a vida em nossos dias.Fui convidada através do texto que escolheste a reflectir melhor sobre como vivo cada instante.Obrigado.Um abraço em sintonia profunda.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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