A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
Fernando Pessoa
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
Fernando Pessoa
Olá Eu passei aqui e Ritov blog. Saudações e domingo feliz.
ResponderEliminarGio '
A felicidade é como uma borboleta. Quanto mais você a persegue, mais ela se esquiva. Mas se você voltar sua atenção para outras coisas ela virá pousar calmamente nos seus ombros.
ResponderEliminarThoreau
Amor & Paz nos seu Domingo! M@ria
Maria querida...adorável...Fernando Pessoa...
ResponderEliminarDoce domingo amiga!
Beijos...
Valéria
Morto corpo da ação sem vontade
ResponderEliminarFernando Pessoa
Sempre sugestivo nos seus poemas. Um corpo sem vontade nem acção não poderá navegar. Precisa de quem lhe sopre vida e movimento.
Grato pela partilha deste lindo poema de Pessoa.
ResponderEliminar"Ás vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."
Fernando Pessoa
Beijo.
O poeta é um fingidor.
ResponderEliminarFinge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
Fernando Pessoa
Linda escolha. Beijos.
É assim que me sinto um barco abandonado, num porto vazio qualquer.
ResponderEliminarum abraço
tulipa
Meu amigo internauta!
ResponderEliminarVocê que é meu amigo,
você que sempre me socorre quando preciso,
você que fala de assuntos interessantes
às vezes coisas banais que para mim são tão importantes!
Você, que,
às vezes,
tão longe,
mas que sinto tão perto em meu coração...
Você, meu amigo,
que não vejo os olhos,
mas sinto a alma,
está sempre próximo,
bem mais perto do que a própria tela,
está mais próximo do que imagina...
Você meu amigo,
que invadiu minha vida,
fez-me gostar-te muito,
que não veio apenas através de um cabo telefônico,
mas veio do vento,
vento que nos leva para o encontro das nossas alegrias
para a proximidade dos nossos sonhos.
Você é especial,
e tudo o que se refere à você.
São tão importantes para mim:
as suas alegrias, as suas mágoas, as suas histórias e suas aventuras,
quero-te sempre próximo de mim!
Você meu amigo,
que é muito mais que um encontro virtual,
é a realidade dos meus dias!
Por você eu navego,
por você eu crio,
por você eu tenho suportado tantas coisas,
com tanta força...
A você meu amigo,
gostaria de fazer alguns pedidos:
Que você sempre permaneça,
em minha vida,
em meu coração.
Que seja meu eterno amigo;
além da tela,
além do tempo,
aqui dentro do meu coração...
(autor desconhecido).
Uma boa semana.
beijooo.
Olá querida
ResponderEliminarAmo tudo de Fernando Pessoa, boa escolha.
Lindo.
Com muito carinho BJS.
Minha querida
ResponderEliminarMuito lindo este poema de Pessoa, adorei.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Olá querida amiga! Lindo poema! Obrigada por compartilhar... Querida, vim te agradecer
ResponderEliminarpela visita e também te deixar meu carinho...
Seja sempre bem vinda!
Te desejo um lindo e abençoado domingo...
Bjsss