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10/05/2010

Numa concha - Poema de Olavo Bilac




Pudesse eu ser a concha nacarada,
Que, entre os corais e as algas, a infinita
Mansão do oceano habita,
E dorme reclinada
No fofo leito das areias de ouro...
Fosse eu a concha e, ó pérola marinha!
Tu fosses o meu único tesouro,
Minha, somente minha!

Ah! com que amor, no ondeante
Regaço da água transparente e clara,
Com que volúpia, filha, com que anseio
Eu as valvas de nácar apertara,
Para guardar-te toda palpitante
No fundo de meu seio!

Olavo Bilac





2 comentários:

  1. A metáfora de possuir, de prender, de amar num cenário mágico, entre algas e corais.

    Lindo este poema de Olavo Bilac

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  2. Maria querida, que poema lindo de Olavo Bilac...que aconchegante ser uma concha...
    Tenha uma ótima semana, amiga.
    Beijos...
    Valéria

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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