Na ribeira deste rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio
Nada me impede, me impele
Me dá calor ou dá frio
Vou vivendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada
Vejo os rastros que ele traz
Numa seqüência arrastada
Do que ficou para trás
Vou vendo e vou meditando
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali
E do seu curso me fio
Porque se o vi ou não vi
Ele passa e eu confio
Ele passa e eu confio
Fernando Pessoa
Parabéns pela escolha do poema, simples e lindo!!!
ResponderEliminarUm grande abraço!
Achei lindo este post do poema de Fernando Pessoa. Ele é simplesmente tudo de bom!
ResponderEliminarCom carinho
Hana
Obrigado amigas.
ResponderEliminarbjs
Maria