No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Maria,que maravilhosa e feliz escolha esse poema!Simplesmente lindo demais esse mar!Bjs,
ResponderEliminarOlá Maria, lindo poema que dispensa comentários. Beijos com carinho
ResponderEliminarSabes tenho uma grande admiração por Sophia.
ResponderEliminarBJs
Olá Maria
ResponderEliminarEste poema fez-me retroceder no tempo, pois foram muitas as vezes que o trabalhei com as minhas crianças, na escola.
Gosto muito da poesia da Sophia.
Beijinhos
Lourdes