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31/01/2010

Memórias de férias quando era criança


Ao arrumar a caixa das fotografias antigas da minha mãe, encontrei uma que me fez voltar muitos anos atrás.



Lembro-me das minhas férias quando era criança passadas no Alentejo, em casa dos meus avós. Não havia carro particular e por isso a viagem de Lisboa para o Alentejo, era feita de camioneta, levava um dia inteiro para chegarmos à aldeia, era muito cansativo mas só de pensar que ia de férias, o cansaço passava logo e o entusiasmo crescia cada vez mais.
Da aldeia para o monte dos meus avós, que ainda era longe, íamos de burro e de cavalo, eu adorava esse percurso, absorvia cada instante.

Sabia que ia passar uns dias magníficos, ia brincar com a minha prima Lena, ia poder correr pelos campos e sabia que podia contar com o meu avô para tudo, pois ele era um homem excepcional, com uma paciência infinita para mim e cuja lembrança eu guardo com muito carinho e amor no meu coração.

Nasci e cresci na cidade, por isso quando chegava ao Alentejo era uma alegria imensa. Era sentir e viver a vida do campo, dar de comer às galinhas, ir com o meu avô apanhar fruta logo de manhãzinha, ir ao poço com o burro para trazer água para casa, ir à tardinha recolher os ovos das galinhas, jogar às cartas com o meu avô e a minha prima, brincarmos as duas até ser noite, sentir o cheiro das flores das acácias, dos eucaliptos, da “terra” e ouvir o som do vento nas folhas das árvores.

Ainda hoje, sempre que ouço o som do vento, o meu pensamento voa instantaneamente para esse tempo de criança e sinto que volto a esses tempos de Paz, Inocência e de Alegria.

Por vezes, sabe tão bem Recordar!

"A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la." (Autor desconhecido)

30/01/2010

Praia da Rocha - SEMPRE

Este ano fomos passar a passagem do ano ao nosso apartamento na Praia da Rocha. Nunca nos cansamos de lá ir, é um lugar ESPECIAL.



Fomos jantar ao restaurante Falésia, na Av. Tomás Cabreira, a comida estava excelente, o serviço impecável e o local magnífico com vista sobre a praia.
Assistimos da varanda do restaurante ao fogo-de-artifício, dançamos, comemos bem, enfim foi uma boa entrada em 2010.



Adoro ir até à Praia da Rocha principalmente fora da altura do Verão, tudo é mais calmo e tranquilo, sabe bem passear calmamente pela avenida ou pelo passadiço da praia, até as gaivotas sentindo essa paz vêm poisar nos beirais das varandas, como voltou a acontecer este ano. Foi a delicia dos meus filhos, poder dar miolinhos de pão e vê-las ali tão pertinho a comer.



É um local que me faz sentir bem, alivia o meu stress acumulado e permite-me ganhar novas forças para continuar a minha corrida diária. Tenho pena de não poder lá ir mais vezes, mas umas vezes não dá por causa da escola dos miúdos, outras porque o apartamento está alugado, enfim como se costuma dizer “ nesta altura do campeonato” usufruímos pouco do nosso bonito apartamento, é a vida.




O meu sonho e do António é quando nos reformarmos, podermos ir passar longos períodos na Praia da Rocha, principalmente fora do Verão, vamos ver o que o Futuro nos reserva.




"Nunca deixe seus sonhos morrerem porque a vida sem sonhos é como um pássaro com a asa quebrada que não pode voar." (Autor desconhecido)

27/01/2010

LOUIS BRAILLE


LOUIS BRAILLE (1809 / 1852)- “O Menino que Trouxe Luz ao Mundo da Escuridão”.




Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris.

Ficou cego no ano de 1812, com 3 anos de idade, devido a um acidente na oficina do seu pai. Algum tempo depois uma infecção atingiu o outro olho e ele perdeu completamente a visão com apenas 5 anos de idade.
Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. Mas ele não estava feliz com os seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e matriculou-se no instituto nacional para crianças cegas.


Louis, que era o estudante mais jovem, foi se ajustando à escola, aos professores, aos supervisores e aos colegas. Participava com entusiasmo da recreação, gostava de música clássica, e apesar das condições do ensino da música não serem ideais, ele tornou-se um excelente pianista e mais tarde talentoso organista do órgão de Notre Dame das Champs.
Os estudantes sentiam, pelo tacto, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. O jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado.

O amor à música aguçou o seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.
Ouviu falar de um capitão do exército, que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel.

Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara em pequeno.

Louis Braille aprendeu com rapidez a usar o sistema. A escrita era possível com uso de uma régua guia e de um estilete. Como o sistema de Barbier apresentava uma série de dificuldades, como a impossibilidade de se representar símbolos matemáticos, sinais de pontuação, notação musical, acentos, números, além dos caracteres serem lidos com dificuldade, Braille começou a estudar maneiras diferentes de fazer os pontos e traços no papel. Passou noites experimentando incansavelmente sobre a régua e o estilete que ele próprio inventou.

Aos 15 anos de idade inventou o alfabeto Braille, semelhante ao que é usado hoje, um sistema simples em que usava 6 buracos dentro de um pequeno espaço. Com esses 6 buracos dentro deste espaço, ele pôde fazer 63 combinações diferentes.



Cada combinação indicava uma letra do alfabeto ou uma palavra. Havia também combinações para indicar os sinais de pontuação.
Em 1827, Louis escreveu em Braille a "Gramática das Gramáticas". Em 1828, continuando seus estudos, ele aplicou seu sistema à notação musical.

Em 1829, apresentou a primeira edição do "Método de Palavras Escritas, Músicas e Canções por meio de Sinais, para uso de Cegos e Adaptados para eles". No prefácio desse livro, Braille refere-se a Barbier: "Se nós temos vantagens de nosso método sobre o seu, devemos dizer em sua honra que seu método deu-nos a primeira idéia sobre o nosso próprio".



No instituto, o novo código só foi adoptado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada por tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.

Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.





Os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou a sua vida a fazer luz, para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.

Para informações mais detalhadas consultar: http://www.deficientesvisuais.org.br/informacoes.php

24/01/2010

O número de Ouro


"O aumento do conhecimento é como uma esfera dilatando-se no espaço: quanto maior a nossa compreensão, maior o nosso contacto com o desconhecido.”(Blaise Pascal)


O Número de Ouro é um número irracional misterioso e enigmático que nos surge numa infinidade de elementos da natureza na forma de uma razão, sendo considerada por muitos como uma oferta de Deus ao mundo.



A História do número de Ouro

A história deste enigmático número perde-se na antiguidade. Os Egípcios consideravam o número de ouro sagrado, tendo uma importância extrema na sua religião, era designado não de número de ouro, mas sim de "número sagrado". As pirâmides de Gizé foram construídas tendo em conta a razão áurea : A razão entre a altura de um face e metade do lado da base da grande pirâmide é igual ao número de ouro.


O Papiro de Rhind (Egípcio) refere-se a uma «razão sagrada» que se crê ser o número de ouro. Esta razão ou secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade .

Uma contribuição preciosa foi-nos dada por Fibonacci ou Leonardo de Pisa (1170-1250).

A contribuição de Fibonacci para o número de ouro está relacionada com a solução do seu problema dos coelhos publicado no seu livro Liber Abaci:
«Um homem colocou um par de coelhos num local cercado por todos os lados por uma parede. Quantos pares de coelhos podem ser gerados a partir desse par ao fim de um ano, sabendo que, por mês, cada par gera um novo par, que se torna produtivo no segundo mês de vida?».


O número total de casais de coelhos forma uma sequência: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, … A famosa sucessão de Fibonacci. Os dois primeiros termos são ambos um e a partir do terceiro, cada termo é igual à soma dos outros dois anteriores.

É que as sucessivas razões entre um número e o que o antecede vão-se aproximando do número de ouro.

De referir também a contribuição de Leonardo Da Vinci (1452-1519).

A excelência dos seus desenhos revela os seus conhecimentos matemáticos bem como a utilização da razão áurea como garante de uma perfeição, beleza e harmonia únicas.
Leonardo era um génio de pensamento original que usou exaustivamente os seus conhecimentos de matemática, nomeadamente o número de ouro, nas suas obras de arte.
Um exemplo é a tradicional representação do homem em forma de estrela de cinco pontas de Leonardo, que foi baseada nos pentágonos, estrelado e regular, inscritos na circunferência.

O número de ouro não só serviu como padrão de beleza para as criações do homem, mas também pode ser encontrado no nosso quotidiano.

O número de Ouro na Arte e Arquitectura


Desde tempos remotos que o número de ouro é aplicado na arte. O número de ouro traduz a proporção geométrica mais conhecida e usada na pintura, escultura e arquitectura clássicas, renascentistas e pós-modernistas que se baseia no seguinte princípio:

"Seccionar um segmento de recta de tal forma que a parte menor esteja para a maior como este está para o todo".

Leonardo da Vinci, afirmava que a arte deveria manifestar por ela própria um movimento contínuo e beleza. Para se atingir este fim, Leonardo utilizou extensivamente o rectângulo de Ouro nas suas obras.
O rectângulo de ouro expressa movimento porque este permanece numa espiral até ao infinito e mostra beleza porque a razão de Ouro é agradável à vista.

Vejamos um dos quadros mais célebres de Leonardo da Vinci : Mona Lisa
O rectângulo de Ouro está presente em múltiplos locais:
- Desenhando um rectângulo à volta da face o rectângulo resultante é um rectângulo de Ouro;
- Dividindo este rectângulo por uma linha que passe nos olhos, o novo rectângulo obtido também é de Ouro;
- As dimensões do quadro também representam a razão de Ouro;

Na arquitectura esta razão está presente numa imensidão de construções. Desde as pirâmides do Egipto, passando por um sem número de templos até aos nossos dias. Um exemplo que ilustra bem a sua utilização é o edifício das Nações Unidas.

O Número de Ouro na Natureza


Na natureza em inúmeras situações podemos observar a presença deste número. Eis alguns exemplos que nos deixam perplexos e maravilhados:

No corpo humano
Uma das áreas que Leonardo da Vinci estudou foi as proporções do corpo humano e aqui uma vez mais temos a razão de Ouro:

Neste estudo verifica-se que as proporções do corpo humano contêm a relação de Ouro. Neste caso podemos ver a simetria na face de um homem desenhado por Leonardo. O artista sobrepôs na pintura um quadrado subdividido por rectângulos, alguns do quais com a razão de Ouro aproximada.

Ainda há não muito tempo um indivíduo dirigiu-se à Sociedade de Fibonacci com um pedido curioso: Pedia aos casais para participarem numa experiência. Para tal pedia aos maridos para que medissem a altura do umbigo da mulher e a dividisse pela respectiva altura. O indivíduo afirma que em todos os casais a razão era de cerca de 0,618.

Nas plantas
Nas plantas, em vários animais e em muitas outras situações somos confrontados com a presença deste enigmático número. A sua presença pode ser directa ou encontrar-se camuflada ou ainda associada à sucessão de Fibonacci.
É o caso dos girassóis que pertencem à família Compositae . As sementes formam dois conjuntos de espirais logarítmicas com sentidos diferentes.
O número de sementes de cada conjunto é diferente mas são dois números consecutivos de Fibonacci.

O mesmo acontece com as pinhas.


Em geral o modelo de desenvolvimento das plantas pode ser relacionado com o número de Fibonacci.
Por exemplo a eufórbia, uma pequena flor azul ou branca que se encontra em solos calcários, tem 2 sépalas grandes, 3 sépalas pequenas, 5 pétalas e 8 estames.



Existem espirais relacionadas com o número de ouro, como, por exemplo, os moluscos náuticos.


Indústria, Comércio e Publicidade


Quotidiano:

- Cartazes publicitários;
- Cartões de Crédito;
- Revistas, jornais;
(A razão entre as medidas dos lados tende para o número de ouro)
- Títulos de livros;
(A razão entre a medida do comprimento da lombada e a medida do nome do livro tende para o número de ouro)



O número de ouro é considerado por muitos estudiosos um símbolo de harmonia, estando intimamente relacionado com o desenvolvimento da humanidade, na procura do belo e do perfeito.


"O mistério e o encanto que está associado a este número ultrapassa todo o horizonte do que é humano!”



20/01/2010

Violeta a flor da Lealdade e da Modéstia


As Violetas são as flores que representam a Lealdade e a modéstia.





Os antigos gregos consideravam a violeta um símbolo de fertilidade e amor, utilizando-a em poções de amor. Muito conhecida desde a antiguidade, tendo sido muito utilizada para fins medicinais. Começou a ser utilizada desde 1829 na Homeopatia, pelo médico alemão M. Staptf no tratamento de sinusites e reumatismo.




Descoberta em 1892 pelo pesquisador e barão alemão Walter Von Saint Paul, nas montanhas do nordeste da Tanzânia (África), a violeta-africana é hoje uma planta muito popular.




Planta herbácea, perene, com caules curtos, ramificados, de cor verde escuro, quer um pequeno caule rematado por uma roseta de folhas, quer um caule rastejante e ramificado com folhas alternas. As folhas são em forma de coração, ovais a arredondadas, sendo os pecíolo pecíolos são carnudos e verde-claros.




Nas plantas adultas, os pedúnculos nascem de todas as axilas das folhas. Cada pedúnculo ramifica-se junto à extremidade, surgindo de cada ramo um pequeno cálice verde-claro que suporta a corola, com cinco lobos.
A corola, tubular, não excede em comprimento 0,5cm e os lobos abrem-se tanto que mais parecem cinco pétalas separadas. Embora as flores da espécie original sejam singelas - têm apenas uma camada de pétalas -, algumas das variedades e alguns dos híbridos possuem numerosas camadas de pétalas.




As flores apresentam cores variadas, desde o branco a vários tons de azul, roxo, cor-de-rosa e vermelho. No centro da flor notam-se bem umas minúsculas e douradas bolsas de pólen - os estames. Cultivadas em condições apropriadas, estas plantas continuarão a crescer e a florir durante o ano. No entanto, o tamanho das flores e das folhas nem sempre é previsível, já que o aspecto das variedades e dos híbridos depende frequentemente das condições em que os mesmos são cultivados.




Hoje, devido aos inúmeros processos de hibridação, existem 18 espécies e cerca de 6 mil variedades e novas continuam surgindo, por isso tamanha variedade nas coes de suas flores.




Trata-se de uma das mais belas e delicadas dentre as espécies ornamentais para cultivo em vasos no interior dos ambientes. Ao falar de violetas (violetas-africanas, ou violetas-do-cabo) não podemos deixar de nos referirmos às Saintpáulias, tão apreciadas pelas suas flores abundantes e coloridas, que são talvez as plantas de interior mais conhecidas.




As Saintpaulia são bastante fáceis de serem cultivadas a nível doméstico, para isso bastará seguir as seguintes recomendações:

Cuidados:

Temperatura - Estas plantas desenvolvem-se bem a temperaturas de 18-24ºC. Uma flutuação de 3º para além destes níveis pode eventualmente interromper o crescimento. É indispensável um elevado grau de humidade; coloque os vasos em tabuleiros com seixos molhados e pendure pratos com água sob os cestos suspensos.

Luz: Durante todo o ano exponha estas plantas a luz forte, mas não a sol directo. Duas ou três horas diárias de sol velado beneficiarão as saintpáulias. Coloque de preferência junto a uma janela voltada para o nascente. Uma boa dica para garantir o crescimento simétrico da violeta é ir virando o vaso, semanalmente, obedecendo sempre o mesmo sentido. Também se desenvolvem bem sob luz artificial. Se expostas a luz adequada e satisfeitas outras condições necessárias, estas plantas florirão continuamente.


Rega - Regue moderadamente estas plantas, o suficiente para humedecer a mistura a cada rega, mas deixando secar a camada superior antes de regar de novo. Um excesso de rega em qualquer altura pode provocar apodrecimento das raízes. O ideal é colocar água apenas uma vez por semana no Inverno, duas vezes no Verão, evitando encharcar. Evite molhar as folhas. Se após regar a planta escorrer água para o prato retire, evitando assim que este fique água.

Adubação - O ideal é adubar num intervalo de 15 em 15 dias, mas nunca no centro, somente ao redor da planta, uma colher de café é o suficiente para os vasos em que elas normalmente são vendidas.

Multiplicação: Semente e por divisão da planta na Primavera ou Outono.

Transplantação - Quando oportuno. Use uma mistura composta por partes iguais de turfa de musgo, perlite e vermiculite e acrescente três ou quatro colheres de sopa de pó de dolomite para cada quatro medidas (uma medida = 2dl) da mistura. Plante as saintpáulias em forma de roseta em vasos ou outros recipientes baixos. Para calcular o tamanho conveniente do recipiente, meça o diâmetro da roseta e escolha um recipiente com o diâmetro de cerca de um terço do da planta. Não deve ser necessário um vaso de dimensões superiores a 12-16cm. As variedades miniatura e as plantas rastejantes jovens podem também ser cultivadas em vasos, mas as rastejantes adultas devem ser cultivadas em cestos suspensos, onde os caules dispõem de mais espaço para enraízar.

As saintpáulias dão-se melhor quando um pouco apertadas nos vasos. Reenvase estas plantas em recipientes um pouco maiores só dois meses depois das raízes terem enchido os recipientes em que se encontram. Pode realizar esta operação em qualquer estação desde que a temperatura esteja acima dos 16ºC. Ao reenvasar, é aconselhável retirar o círculo exterior das folhas se os pecíolos tiverem sido danificados por terem estado comprimidos contra a borda do vaso. Retire cada pecíolo com um puxão rápido para o lado; não os corte. É importante retirar o pecíolo todo, pois qualquer coto que fique pode apodrecer e contagiar o caule principal.





Propagação - O método mais indicado para propagar as saintpáulias consiste em enraizar individualmente as folhas que produzirão novas plantas. Retire uma folha da roseta, da segunda ou terceira carreira a contar de fora (ou retire uma folha junto à base do caule, caso se trate de uma planta rastejante). Com uma faca afiada, corte o pecíolo, reduzindo-lhe o comprimento a 2,5-4cm, e enterre-o a 1,5-2cm de profundidade num vaso de 6-8cm contendo mistura húmida. Introduza o conjunto num saco de plástico ou numa mini-estufa e exponha-o a sol directo velado a uma temperatura de 18-24ºC.
Não deverá ser necessário regar durante sete a dez semanas, até emergir à superfície da mistura um maciço de pequenas folhas que nascem da base do pecíolo. No decorrer das quatro semanas seguintes, destape progressivamente as novas plantas até as retirar completamente da atmosfera protegida. Entretanto, regue-as apenas o necessário para evitar que a mistura seque e aplique-lhes semanalmente um vulgar adubo líquido com um oitavo da concentração habitual. Quando as novas plantas atingirem uma altura de 4-5cm, retire-as com cuidado da folha-mãe e coloque-as em vasos individuais de 6-8cm. A partir de então, trate-as como plantas adultas. As folhas das saintpúlias podem também ser enraízadas em água.

Sementeira: Em local definitivo no início da Primavera ou no Outono. Em estufa na Primavera/Verão e início do Outono.

Floração: Fim do Inverno, até ao Verão, dependendo das zonas.

Poda: Quando as flores estiverem a murchar deverão ser cortadas, assim como também se devem eliminar as folhas secas ou machucadas, para prolongar a floração.



Uma das flores ideais para dar de presente, são bonitas, ocupam pouco espaço, são baratas e enfeitam bem qualquer casa.

Fontes e Fotos: “Mundodeflores”, “Wikipedia”, PlantasdeInterior”, “JardimdeFlores”, “Jardineiro.net”, outros net.


17/01/2010

Os Maias uma civilização Misteriosa

A extraordinária civilização pré-colombiana denominada Maia, desaparecida há 300 anos do continente americano, legou-nos maravilhas e conhecimentos que são até hoje, objecto de investigação de historiadores do mundo inteiro.


Foto: Net ( desconheço autoria)

A civilização dos Maias desenvolveu-se lentamente ao longo do primeiro milênio a.C., e alcançou o seu auge no século III d.C.. O território dos Maias abraçava quase toda a Guatemala, o ocidente de Honduras, Belice, e os actuais estados de Yucatán, Quintana Roo, Campeche, parte de Chiapas e Tabasco, no México.


Foto: pessoal

Durante dois mil anos, os maias conseguiram desenvolver uma sofisticada cultura num meio ambiente extremamente adverso, como a selva tropical das Terras Baixas. Eles ocuparam um território caracterizado por uma diversidade ecológica enorme bastante exigente. As populações das planícies do norte, cujo subsolo está cortado por rios subterrâneos, dependiam da emersão de lagos naturais, e de acumulação em cisternas, chamadas de chultunes.

Foto: Pessoal

Por volta do século XIII, a sociedade maia entrou em colapso. Ainda hoje, não existe uma explicação que consiga responder a essa última questão envolvendo a trajetória dos maias. Recentemente, um grupo de pesquisadores norte-americanos passou a trabalhar com a hipótese de que a crise desta civilização esteja relacionada à ocorrência de uma violenta seca que teria se estendido por mais de dois séculos. Sem centralização estatal que unificasse as cidades, os maias desenvolveram uma cultura extremamente homogénea no tempo e espaço.


Foto: Net ( desconheço autoria)


Organização e Sociedade
Nunca chegaram a formar um império unificado, facto que favoreceu a invasão e domínio de outros povos vizinhos. As cidades formavam o núcleo de decisões e práticas políticas e religiosas da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses no Planeta Terra. A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.


Foto: Net ( desconheço autoria)


Economia e Agricultura
O esplendor da sociedade maia é fundamentalmente explicado pelo controle e as disciplinas empregadas no desenvolvimento da agricultura. Entre os vários alimentos que integravam a dieta alimentar dos maias, podemos destacar o milho, produto de grande consumo, o cacau, o algodão e o agave. Para ampliar a vida útil de seus terrenos, os maias costumavam organizar um sistema de rotação de culturas. A economia era baseada na agricultura e praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
 
Cultura
A arte maia tinha suma importância na preservação das tradições religiosas, ao mesmo tempo em que contava e reproduzia as feições de suas principais divindades. Expressava-se, sobretudo, na arquitectura e na escultura. As suas monumentais construções — como a torre de Palenque, o observatório astronómico de El Caracol ou os palácios e pirâmides de Chichén Itzá, Palenque, Copán e Quiriguá — eram adornadas com elegantes esculturas, estuques e relevos. Podemos contemplar as suas pintura nos grandes murais coloridos dos palácios. Utilizavam várias cores. As cenas tinham motivos religiosos ou históricos. Destacam-se os frescos de Bonampak e Chichén Itzá. Os murais e as esculturas relatavam a grandeza das dinastias que controlavam uma determinada cidade-Estado. Sendo indicada como uma família abençoada pelos deuses, as expressões artísticas maias eram importantes na legitimação do poder político.

Foto: Net ( desconheço autoria)

Os maias trabalhavam com pedras, matérias em madeira e cerâmica para construírem estátuas e figuras em baixo relevo que adornavam os templos e demais construções urbanas. Na cidade de Bonampak encontram-se várias construções e pinturas da civilização maia. No chamado Templo das Pinturas existem câmaras que relatam a história política, cultural e militar dos povos que se fixaram naquela região. Em outras regiões encontramos ainda o importante legado deixado pela arquitectura maia.

 
Escrita
Utilizavam uma escrita hieroglífica que ainda não foi totalmente decifrada. Somente com o auxílio de computadores é que, recentemente, cerca da metade dos caracteres foram traduzidos. Toda esta dificuldade é proveniente da falta de um padrão simplificado onde um glifo representa um único som ou letra. A escrita dos maias adopta o uso de um mesmo caractere para representar dois ou mais símbolos e sons. Ao mesmo tempo, um mesmo conceito poderia ser representado por caracteres completamente diferentes.


Além de constituir uma forma de comunicação entre os maias, a escrita também tinha uma vinculação religiosa. Os maias acreditavam que a escrita era um presente dos deuses e, por isso, deveria ser ensinada a uma parcela privilegiada da população. De maneira geral, utilizavam diferentes materiais para o registro de alguma informação. Pedras, madeira, papel e cerâmica eram os materiais mais recorrentes. Além disso, os maias também fabricavam livros e códices confeccionados a partir de fibra vegetal, resina e cal.


Arquitetura

A arquitetura deste povo esteve sempre muito ligada à reafirmação de seus ideais religiosos. Várias colunas, arcos e templos eram erguidos em homenagem ao grande panteão de divindades celebrado pela cultura maia. A face politeísta das crenças maias ainda era pautada pela crença na vida após a morte e na realização de sacrifícios humanos regularmente executados.



Fotos: Pessoais

Cidades
As cidades da civilização maia contavam com avenidas, calçadas, templos e palácios, configurando a grande engenhosidade de suas construções. Em Chichén Itzá e Tikal podem ser encontrados poços, pirâmides e palácios que demonstram a grande riqueza do traçado arquitetónico maia. Espalhadas por toda Meso-América, as cidades astecas são grande fonte de conhecimento da cultura e da história maia.

 Foto: pessoal

As cidades templo
As pirâmides-montanha de Tikal e Palenque
Nas florestas tropicais ao sul da península de Yucatán, o antigo povo maia construiu um enorme centro cerimonial conhecido como Tikal. Uma das maiores e mais importantes cidades maias.
 

Foto: Net

Muito vinculados a Teotihuacán, os monarcas de Tikal foram grandes guerreiros. Eles enfrentaram outras cidades como Uaxactun, Caracol e Calakmul. A influência de Teotihuacan é observada na arquitectura. Provávelmente, Tikal foi a cidade maia mais povoada. Tem os templos mais altos e mais numerosos. Os arqueólogos contabilizaram mais de 3.000 construções. A Praça da Grande Pirâmide concentrava os eventos. Entre os destaques estão o Templo do Grande Jaguar, o Templo do Grande Sacerdote e o Templo da Serpente Bicéfala, a construção mais alta que oferece uma vista imponente do conjunto Tikal.


 Foto: wikipedia_Bjørn Christian Tørrissen


Palenque controlava o rio Usumacinta, e o sul de Yucatán. Dentro do complexo destaca-se o Templo das Inscrições, assim chamado devido aos 617 hieróglifos gravados no interior. Lá estão os restos de K’inich Janaab Pakal, rei em cuja memória o templo foi erguido. As pirâmides-montanha de Tikal e Palenque representavam o universo e serviam como meio de comunicação com o Além. Elas exaltavam o poder dos governantes. Os santuários ficavam no nível superior e representavam a criação do mundo, a união do subterrâneo com a superfície da terra e do céu.

No nível inferior, as carrancas do “Monstro da Terra” marcavam a entrada do inframundo. Os labirintos no interior das grutas naturais e nos subterrâneos de Palenque mostravam o caminho para descer ao inferno. O rei passava por este ritual antes de ser glorificado. Procurava no subsolo o segredo para assegurar a ordem cósmica, e lutar contra o caos.

As crenças religiosas
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Os murais pintados surpreendem pelo realismo e pela capacidade para transmitir sentimentos. É o caso dos vasos de Bonampak, elaborados entre 600 e 800 a.C. na região mexicana de Chiapas. Eles mostram as cerimônias e os momentos que antecediam as batalhas, o seu desenvolvimento, e o sacrifício final dos prisioneiros.
O jade era um material ritual e mágico mais valorizado do que o ouro. Era a jóia favorita. Os reis maias utilizavam-na como dentes postiços. Uma vez enterrados, as máscaras fúnebres cobriam o seu rosto, e depositavam na sua boca contas de jade e milho para saciar a fome no País dos Mortos.



O Calendário Maia
Os avançados conhecimentos que os maias possuíam sobre astronomia, como eclipses solares e movimentos dos planetas, e sobre matemática, permitiram-lhe criar um calendário cíclico de notável precisão. Na realidade são dois calendários sobrepostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab de 365 dias. O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta curta", de 256 anos, ou então a "conta longa", que principiava no início da era maia. Eles determinaram com exatidão incrível o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano solar (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos). Graças à exactidão do calendário, os maias eram capazes de organizar as suas actividades quotidianas e registar simultaneamente a passagem do tempo, historiando os acontecimentos políticos e religiosos que consideravam cruciais.



Os maias compreendiam o tempo não como uma medida linear - passado, presente e futuro - mas formado por ciclos que se repetem e constituem o "eterno tempo presente", da mesma forma que afirmava Pitágoras, de Samos, no século V ac.

O Calendário Maia previa o final do ciclo actual no ano de 2012, quando tudo se extinguiria para o início de uma nova era. O povo Maia concebia a Terra como um ser vivo orgânico, antecipando o pensamentos dos ecologistas de nosso século e entendiam o tempo da mesma forma que o conceito de noosfera de Teilhard de Chardin e o Num dos egípcios, oceano cósmico de onde tudo flui e de onde plasmam todas as formas vivas.

A sua vasta cultura é muito similar a do antigo Egipto, não só pela precisão matemática de seus monumentos (templos e pirâmides), mas pela maneira como interpretavam o sentido da vida.

Fontes e Fotos: "historiadomundo”, Suapesquisa; Wikipédia; enciclopédia Larousse; fotos pessoais; outros net.


"Se queres prever o futuro, estuda o passado." (Confúcio)
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