Hoje decidi falar desta doença degenerativa e até ao momento incurável, que foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer. Afecta geralmente pessoas acima dos 65 anos, embora o seu diagnóstico seja possível também em pessoas mais novas do que esta idade.
Cada paciente de alzheimer, sofre a doença de forma única mas existem pontos em comum, por exemplo o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de stress.
Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade.
Infelizmente é nesta fase que o meu pai está a começar a entrar.
Quando ouvimos amigos, colegas ou vizinhos contar situações praticadas por doentes de Alzheimer, por vezes até achamos graça, devido ao caricato da situação. Retirar a comida do congelador e colocar na dispensa (levando ao seu descongelamento), colocar a roupa no armário dos tachos e panelas, guardar documentos na prateleira dos pratos, ou querer ir para a rua de pijama, enfim, são tudo ocorrências que, para quem está de fora, parecem inofensivas. Efectivamente estas situações descritas até são inofensivas, mas são desgastantes, se estiverem continuamente a ocorrer e for necessário estar permanentemente alerta com estes doentes.
Realmente o velho ditado " quem está dentro do convento é que sabe o que lá vai dentro" é bem verdade. Ter um familiar chegado como eu tenho, com esta doença é terrível e ver a pouco e pouco a degradação da pessoa, é um choque imenso, mesmo apesar de nos sentirmos preparados.
No final do dia, quando venho do trabalho, passo sempre por casa dos meus pais, para ver como estão e se necessitam de alguma coisa. A minha mãe (uma mulher formidável) que apesar de tão doente, têm uma paciência infinita para com o meu pai, raramente me conta os “acidentes” feitos por ele, só quando o dia foi muito aziago e ela está totalmente desgastada, não só pelos problemas de saúde dela, mas principalmente pela doença do meu pai, é que ela desabafa como foi o dia deles. Ela nervosa, conta as ocorrências e o meu pai fica com ar triste, a ouvir e dizendo sempre, que não foi ele que fez as coisas que ela está a relatar. Quando se fala da doença, ele afirma que não tem qualquer problema e que de cabeça está muito bem, ele não reconhece que é um doente de alzheimer.
Fico completamente desalentada e uma tristeza imensa invade-me o coração, por não poder aliviar a carga da minha mãe e por não poder parar, a evolução da doença do meu pai. Que Deus os acompanhe.
Ao andar pela Net, para me informar mais sobre a doença, encontrei um artigo com algumas recomendações , que podem facilitar a vida dos doentes e de quem cuida deles, achei útil deixar também aqui esta ajuda:
- Fazer o portador de Alzheimer usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone, etc.), porque um dos primeiros sintomas é o paciente perder a noção do lugar onde se encontra.
- Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la.
- Simplificar a rotina do dia-a-dia de tal maneira que o paciente possa continuar envolvido com ela.
- Encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir à casa de banho, a tomar banho por sua própria conta.
-Limitar suas opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de gelado, oferecer apenas duas variedades.
-Certificar-se de que o doente têm uma dieta equilibrada e pratica actividades físicas de acordo com suas possibilidades.
- Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental.
- Estimular o convívio familiar e social do doente.
- Reorganizar a casa afastando objectos e situações que possam representar perigo.
- Fazer o portador de Alzheimer usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone, etc.), porque um dos primeiros sintomas é o paciente perder a noção do lugar onde se encontra.
- Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la.
- Simplificar a rotina do dia-a-dia de tal maneira que o paciente possa continuar envolvido com ela.
- Encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir à casa de banho, a tomar banho por sua própria conta.
-Limitar suas opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de gelado, oferecer apenas duas variedades.
-Certificar-se de que o doente têm uma dieta equilibrada e pratica actividades físicas de acordo com suas possibilidades.
- Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental.
- Estimular o convívio familiar e social do doente.
- Reorganizar a casa afastando objectos e situações que possam representar perigo.
"Não há doente mais incurável do que aquele que não reconhece a sua doença." ( Santo Agostinho )
Bom meu nome é Fátima e eu tambem estou com certa dificuldades com meu pai,pois receio que ele esteja com essa doença de alzheimer,tudo é muito difícil para mim porque meu pai está muito teimoso ele não toma banhos sem que eu precise pedir muito,passa a noite procurando coisas para comer no armário e geladeira,interessante é que ele parece que faz escondido como se a gente não desse negasse essas coisas,está muito esquecido lembra de coisas antigas e não lembra coisas de minutos atrás,más sai todas as manhãs e volta na hora do almoço,tenho medo de algum dia ele sair e não voltar mais,ele bebeu sempre só que é aposentado por tempo de serviço foi muito trabalhador cumpridor dos seus deveres,sempre andou muito bem arrumado e agora anda muito desleixado,ainda gosta de beber e eu não consigo controlar ele,varia muito de humor é quase impossível conversar com ele,não fala coisa com coisa,parece que está num mundo só dele,e ainda por cima não quer ir ao médico para se tratar,pois diz que não precisa,por favor preciso muito de orientação pois não sei mais o que fazer e por onde começar,porque ele mora comigo minha mãe é falecida há 14 anos,qualquer orientação vai ser de grande importancia para mim.muito obrigada meu e-mail é fazinhadorei@yahoo.com.br. muito obrigada!
ResponderEliminarFatima
ResponderEliminarNão consegui enviar-lhe o email, pois o seu endereço não deve estar completo, de qualquer maneira deixo aqui a mensagem relativamente à situação do seu pai e ele realmente apresenta os mesmos sintomas do meu, mas para diagnosticar a doença de alzheimer deverá ir a um neurologista com ele.
A doença não têm cura e consiste na morte das celulas do cerebro, o médico vai receitar medicamentos especificos para retardar o evoluir da doença. Quanto mais cedo ele
começar a tomar a medicação melhor.
Os comprimidos são muitos caros, em Portugal custam cerca de 90 euros, mas se forem passados pelo especialista não se paga nada, não sei como é aí no Brasil.
É uma doença terrível, como diz o médico do meu pai esta doença é pior para quem acompanha do que para o próprio doente, pois eles fazem as asneiras e logo de seguida dizem que não foram eles, pois já esqueceram.
È preciso ter cuidado pois o seu pai se costuma sair, pode de um momento para o outro esquecer-se de onde mora, ou do nome, por isso é importante que traga na carteira, de forma bem visivel o nome dele, o seu, numero de telefone e direcção.
Relativamente ao banho, é uma caracteristica da doença eles não quererem tomar banho, em relação ao meu pai é a mesma coisa, é muito dificil a minha mãe convencê-lo.
Por vezes ficam muito nervosos e podem chegar a ser agressivos, minutos depois não se lembram de nada.
É uma doença que se vai agravando e se a pessoa não falecer por outra doença qualquer, no final eles deixam de saber tudo, deixam de andar, de falar, de saber comer ( têm de ser alimentados por sonda), enfim os células do cerebro morrem todas e é muito triste e complicado para os familiares.
Não sei quantos anos o seu pai tem, o meu tem 86 e foi-lhe detectada a doença com cerca de 70 desde aí que toma a medicação tem piorado lentamente, segundo o médico quando a doença aparece a pessoas mais novas é mais rápido o evoluir da doença.
Minha amiga, têm aí um problema bem grande se realmente o seu pai tem alzheimer, tente levâ-lo a um neurologista e tenha muita paciência.
Que Deus a ajude e ilumine o seu caminho e da sua familia.
Um beijo
Maria