27/01/2017

Mar Desconhecido




Sinto viver em mim um mar ignoto,
E ouço, nas horas calmas e serenas,
As águas que murmuram, como em prece,
Estranhas orações intraduzíveis.

Ouço também, do mar desconhecido,
Nos instantes inquietos e terríveis,
Dos ventos o guaiar desesperado
E os soluços das ondas agoniadas.

Sinto viver em mim um mar de sombras,
Mas tão rico de vida e de harmonias,
Que dele sei nascer a misteriosa

Musica, que se espalha nos meus versos,
Essa música errante como os ventos,
Cujas asas no mar geram tormentas.


Augusto Frederico Schmidt 


10 comentários:

  1. Uma beleza de poema com o olhar sobre este mar, tão desconhecido e amado.
    Bela partilha Maria.
    Bom fim de semana com paz e alegria na família.
    Abraços de paz amiga.
    Bjs.

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  2. LINDO!
    Parabéns pela excelente escolha!

    Beijo, bom fim de semana.

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  3. Gosto do mar quando está calmo e hoje valeu a pena ter navegado neste mar sem ondulação!
    Sem tempestade que venha chuva!
    Com o meu abraço.

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  4. Sentir o Mar e permanecer no seu embalar; ouvir as vozes do Mar...
    Sentido Soneto. Uma bela escolha.



    Beijo
    SOL

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  5. Não conhecia.
    Obrigada pela partilha.
    Um abraço e bom fim de semana

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  6. A música das palavras: misterioso diálogo luz/sombra.

    Um beijo

    Lídia

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  7. Mais uma partilha formidável... e uma vez mais de um autor que não conhecia!
    Beijinhos
    Ana

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  8. A onda arrasta e se desfaz no mar... Que lindo poema minha amiga querida!

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