24/10/2016

Vento no Rosto - Poema de António Gedeão





À hora em que as tardes descem,
noite aspergindo nos ares,
as coisas familiares
noutras formas acontecem.

As arestas emudecem.
Abrem-se flores nos olhares.
Em perspectivas lunares
lixo e pedras resplandecem.

Silêncios, perfis de lagos,
escorrem cortinas de afagos,
malhas tecidas de engodos.

Apetece acreditar,
ter esperanças, confiar,
amar a tudo e a todos.

António Gedeão


5 comentários:

  1. A hora do entardecer, tudo favorece, a própria natureza ergue uma prece,tudo é leveza nessa hora crepuscular. Muito bom, Maria. Abraços!

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  2. Poema lindo !Adorei! De volta das féria, deixo um beijo! chica

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  3. Não conhecia.
    Gostei muito, MR.
    Beijinhos
    ~~~~

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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