13/08/2016

Fogo - Poema de Francisco Joaquim Bingre





Faísca luminar da etérea chama
Que acendes nossa máquina vivente,
Que fazes nossa vista refulgente
Com eléctrico gás, com subtil flama:

A nossa construção por ti se inflama;
Por ti, o nosso sangue gira quente;
Por ti, as fibras tem vigor potente,
Teu vivo ardor por elas se derrama.

Tu, Fogo animador, nos vigorizas,
E à maneira de um voltejante rio,
Por todo o nosso corpo te deslizas.

O homem, só por ti tem força e brio
Mas, se tu o teu giro finalizas,
Quando a chama se apaga, ele cai frio.


Francisco Joaquim Bingre



2 comentários:

  1. Querida Maria,

    Belo poema e o poeta que não conhecia, grata pela oportunidade
    de conhecer.
    Grata pela sua gentil presença e belo comentário no meu blog e
    valorizo muito a sua presença lá e este seu espaço de arte aqui!...
    Um final de semana feliz para ti!
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  2. Olá, Maria...Escolheste entre tantos sonetos do poeta Francisco Joaquim Bingre, um dos mais belos, te parabenizo pela sensibilidade na escolha...Lindíssima tua publicação!!! abraços, ania..

    ResponderEliminar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

Topo