05/04/2016

Horas - Poema de Virgínia Victorino




Tem cada hora uma decifração.
As horas falam e têm gestos, cores.
Na hora da manhã - vê que esplendores! -
É diferente a sua vibração.

Repara bem na hora dos amores.
É um coração com outro coração.
Tem a hora maior palpitação.
Tem vida, movimentos e langores.

É cada hora um livro, e cada qual
da sua forma o lê: ou bem ou mal.
- Horas que vão e que não voltam mais!

Para mim há só duas. Males... bens...
É a hora dourada em que tu vens,
e a hora dolorosa em que te vais.


Virgínia Victorino



9 comentários:

  1. Não conhecia esta poetisa, gostei bastante do poema.
    Um abraço e uma óptima Terça-Feira.

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  2. Tão bonito! :-) Parabéns pela escolha.

    Beijos e uma feliz terça-feira
    Coisas de Uma Vida 172

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  3. Que lindo, Maria!
    Realmente... cada um vê ou sente de um jeito, dependendo de como está o coração...
    Abraços esmagadores e feliz dia.

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  4. Olá Maria Rodrigues
    Belo poema, um forte abraço.

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  5. Não conhecia, gostei...as imagens são fabulosas.

    Beijinho Maria

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  6. Boa noite Maria,
    Magnifico poema da Virgínia.
    As horas todas elas com seu sentido. As das partidas e chegadas, as que mais nos dizem, principalmente quando chegam os nossos seres amados.
    Um beijinho.
    Ailime

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  7. Muito belo o poema que escolheu! Esses últimos versos nos mostram que, para todos, essas duas horas têm o mesmo significado. Bjs.

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  8. Mais uma poetisa que desconhecia, e que adorei descobrir por aqui!...
    Belo poema! Beijinhos
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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