16/11/2015

Escreve-me - Poema de Florbela Espanca





Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d’açucenas!

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d’oração!

“Amo-te!” Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d’amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então…brandas…serenas…
Cinco pétalas roxas de saudade…


Florbela Espanca

11 comentários:

  1. Um sofrido lamento de solidão e desamor, como quase todos os poemas de Florbela Espanca
    Um abraço e uma boa semana

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  2. Poema Divino!! Amei

    Beijo e um otima semana

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  3. Lindo o poema , as vezes uma palavra escrita basta para matar a saudade,Maria beijos.
    Lucimar Estrela da Manhã

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  4. Olá Maria!
    E muitas vezes só o que precisamos mesmo é de uma palavra! Belíssimo poema!
    Beijos mil e uma semana de paz a todos nós!
    www.deliciasdavodeo.com.br

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  5. Florbela Espanca é uma das minhas favoritas! Ele me encanta sempre. Boa escolha amiga!

    Um abraço!

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  6. Que poesia mais linda esse poema, toca lá no fundo do coração. Amo os poemas de Florbela Espanca.

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  7. Uma pérola preciosa,
    apaixonada poetisa alentejana
    era natural de Vila Viçosa
    Florbela d'Alma da Conceição Espanca.

    Tenha uma boa noite, amiga Maria, um abraço.
    Eduardo.

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  8. OI MARIA!
    FLORBELA, SEMPRE LINDO LÊ-LA.
    ABRÇS
    -
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  9. Um poema de súplica e anseio...
    Amor, saudade e desejo de correspondência... Bonito!

    Beijinhos

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  10. Palavras belas e sofridas, de Florbela... como sempre uma escolha incrível, por aqui...
    Excelente partilha, Maria!
    Beijinhos
    Ana

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  11. Gosto imensamente dos poemas de Florbela Espanca... de um lirismo eu atinge minha alma...
    Obrigada por esse belo poema... Beijo.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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