04/10/2014

Poeta - Poema de Saúl Dias




- Poeta errante,
de olhar vago e distante
e azul,
o teu perfil singular
recorta-se angular
ao norte e ao sul.

- Os teus fatos coçados
bate-os o vento
e leva-os aos bocados...

E os sapatos gastos
pedem grandes repastos,
abrem bocas, esfomeados.

(Nos bolsos, imagino
asas de borboletas,
molhos de folhas secas,
poeiras e papéis...)

- Poeta errante,
caem por terra os livros e a estante,
e as torres esguias das igrejas,
e as paredes velhas dos bordéis!...

- Poeta errante,
vamos dormir na sombra dos vergéis!...

Saúl Dias,






10 comentários:

  1. Um belo poema de Saúl Dias. Poeta errante...
    Beijo.

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  2. Delicadamente lindo... Amei!
    Doce semana...Beijos!

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  3. Amiga, vc sempre nos recebendo com poemas lindos como esse...
    Parabéns!
    Bjsssss e uma semana iluminada p/vcs

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  4. Oi querida Maria, que post lindo?
    Amiga, você e sua mãe estão bem? Espero que sim!
    Tenham uma ótima semana, beijos e fiquem com Deus!!

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  5. Olá Maria

    estou adorando ler as poesias que você escolhe para compartilhar além de lindas ainda nos dá a conhecer a vasta e rica literatura portuguesa.

    Beijos

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  6. Não conhecia o autor, mas me encantei com estes versos. Belíssima e sugestiva a imagem, muito bem escolhida!
    O poeta errante que traz nos bolsos asas de borboletas e molhos de folhas secas, poeiras e papéis, só deixa de ser um nômade quando se senta ao luar no mundo da poesia e se põe a versejar...
    Que tua semana venha inundada de sorrisos e estrelas.
    Com carinho,
    Helena

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  7. Gostei da sua escolha.
    Um abraço e uma boa semana

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  8. Oi Maria:)

    Um belo poema! Adorei:)

    Boa semana!
    Beijinhos

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  9. Eu gostei do poema Saul Dias, Maria e por isso que uma tradução automática. Muito obrigado!
    Um beijo.:)

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  10. ...muito bonito. Acho que todos temos algo de errante, ainda mais um poeta.
    Beijo.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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