05/05/2014

Ar de Noturno - Poema de Federico Garcia Lorca



Tenho muito medo
das folhas mortas,
medo dos prados
cheios de orvalho.
eu vou dormir;
se não me despertas,
deixarei a teu lado meu coração frio.

O que é isso que soa
bem longe ?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu !

Pus em ti colares
com gemas de aurora.
Por que me abandonas
neste caminho ?
Se vais muito longe,
meu pássaro chora
e a verde vinha
não dará seu vinho.

O que é isso que soa
bem longe ?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu !

Nunca saberás,
esfinge de neve,
o muito que eu
haveria de te querer
essas madrugadas
quando chove
e no ramo seco
se desfaz o ninho.

O que é isso que soa
bem longe ?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu !

Frederico Garcia Lorca

14 comentários:

  1. Que lindo, bem escolhido o poema!
    Amei, quanto de súplicas ao amor, palavras rebuscadas, lindo demais!
    Abraços apertados minha linda amiga!

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  2. Brilhante postagem, quer com esta fabulosa poesia, quer na sintonia das imagens.
    Bom vir aqui, Maria
    Boa semana

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  3. Olá, querida Maria
    Nada melhor do que ler uma poesia de qualidade... Obrigada pelo compartilhamento...
    Seja feliz e abençoada!!!
    Bjm fraterno de paz e bem

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  4. Maria...o AMOR implícito na arte de bem poetisar! Gostei! BJ

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  5. oi Maria,

    ah,o amor,
    amor meu...
    nada mais lindo que esse sentimento...
    belíssima escolha!

    beijinhos

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  6. Lindíssimo poema, minha querida!
    Pura sensibilidade...
    Beijinhos,
    Valéria

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  7. Olá Maria boa tarde
    Lindo poema! Já estava com saudades de passar por aqui e ver seus post!
    Estive um pouco afastada mas, devagar vou retornando, carinhoso abraço e muita paz.

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  8. Poema muito lindo e profundo! Beijos e lindo dia Maria!

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  9. Oi Maria

    Bonito poema!

    Um abraço

    Fatima

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  10. Boa tarde Maria, que poema belíssimo! Mesmo longe o Amor se faz presente, porque a distancia jamais quebrará os laços que unem quem se quer bem.Um beijinho.Ailime

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  11. Emociona e encanta o belo poema que você escolheu.
    beijinhos,
    Léah

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  12. Maria, que bonito!
    Conseguiste reunir um belo poema, um dos grandes da literatura espanhola, num ambiente apropriado.
    Denota a tua sensibilidade, dum poeta que era isso...
    Um grande abraço

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