15/01/2014

Sem bussola, sem leme ... Poema de Fernanda de Castro


Cansada, exausta, do labor insano
duma vida incolor, sem fantasia,
vou ver se encontro, noutro meridiano,
a emoção que desejo em cada dia.

Vou procurar, sem lógica, sem plano,
um pouco de aventura, de alegria.
Não mais o miserável quotidiano,
antes o vendaval que a calmaria.

Antes dor... No barco em que navego,
sem bússola, sem leme, louco e cego,
vou procurar inexistentes rotas.

Ó meu veleiro doido, sem governo,
a caminho, talvez, do céu, do inferno,
sobre espumas e asas de gaivotas.


Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro



5 comentários:

  1. Maria ...mais um belo poema refletindo a busca constante de quem anda à deriva!
    Bj

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  2. Ah! que lindo, ir além, buscar no lugar distante a si mesmo.
    Bom de se ler.
    beijos e um excelente dia
    Ritinha

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  3. BRILHANTE

    Deixo abraço amigo
    *****************
    http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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