10/10/2013

Bebido o Luar - Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen




Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.


Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.


Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.


Sophia de Mello Breyner Andresen




5 comentários:

  1. Linda e sofrida a poesia de Sofia....Gosto muito!!!
    beijo
    anacosta

    ResponderEliminar
  2. Belo poema de Sophia. Muito obrigada por esta partilha, querida Maria.
    Um excelente momento de leitura.

    Bjs

    Olinda

    ResponderEliminar
  3. Muito bonito este poema,obrigada por partilhares,gostei muito.
    Um beijinho.
    Miuíka

    ResponderEliminar
  4. Maria
    Sophia de Mello Breyner, aqui dos seus brilhantes poemas. Tu a mostrares sensibilidade no belo momento de poesia.
    Beijos

    ResponderEliminar
  5. Para sonhar!!!
    bjssss e belo dia!

    ResponderEliminar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

Topo