26/06/2013

Maria - Poema de Antero de Quental





Tenho cantado esperanças...
Tenho falado d'amores...
...Das saudades e dos sonhos
Com que embalo as minhas dores...

Entre os ventos suspirando
Vagas, tênues harmonias,
Tendes visto como correm
Minhas doidas fantasias.

E eu cuidei que era poesia
Todo esse louco sonhar...
Cuidei saber o que é vida
Só porque sei delirar...

Só porque a noite, dormindo
Ao seio duma visão,
Encontrava algum alivio,
Meu dorido coração,

Cuidei ser amor aquilo
E ser aquilo viver...
Oh! que sonhos que se abraçam
Quando se quer esquecer !

Eram fantasmas que a noite
Trouxe, e o dia já levou...
A luz d'estranha alvorada
Hoje minha alma acordou !

Esquecei aqueles cantos...
Só agora sei falar !
Perdoa-me esses delírios...
Só agora soube amar !



Antero de Quental



9 comentários:

  1. Oi Maria
    Maravilhosa poesia
    Beijos
    Lua Singular

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  2. Bom dia Maria!
    Que linda escolha do poema, versos que falam de amor, ah, o amor, esse lindo sentimento que move a vida e o mundo!
    Abraços!

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  3. oi minha amiga,

    lindo poema,
    espero que esteja bem...

    beijinhos

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  4. Apesar de não ser um autor muito lido tem poesia lindíssima!!!!
    maravilhosa escolha amiga!!!
    bjs
    anacosta

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  5. Maria querida, quanto tempo!...
    Bonito poema!!
    Estou de férias em lugares lindos/João Pessoa/PB...
    Saudades de você... Sempre me lembro com carinho e orações...
    Beijinhos

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  6. oI QUERIDA MARIA QUE VERSOS MAIS LINDOS, SEMPRE ADMIREI ANTERO DE QUENTAL, DESEJO QUE TODOS ESTEJA COM SAÚDE INCLUSIVE VC, UM ABRAÇO GRANDE CELINA.

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  7. Excelente escolha amiga, boa reflexão.

    beijinho e uma flor

    tenho estado um pouco ausente, motivos de saúde.

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  8. Maria, sempre admirei a poesia de Antero de Quental, especialmente os sonetos metafísicos. Não conhecia este que vc publicou, mas gostei muito!
    Abraço!

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  9. Muito lindo, este poema, onde só a conclusão
    nos remete para a filosofia de vida de Antero.
    Beijinho
    maria

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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