30/01/2013

Reflexão





Há certas almas como as borboletas,
cuja fragilidade de asas não resiste
ao mais leve contato, que deixam ficar
pedaços pelos dedos que as tocam.

Em seu vôo de ideal, deslumbram
olhos, atraem as vistas:
perseguem-nas, alcançam-nas, detêm-nas
mas, quase sempre, por saciedade
ou piedade, libertam-nas outra vez.

Elas, porém, não voam como dantes, ficam
vazias de si mesmas, cheias de desalento...
Almas e borboletas, não fosse a tentação
das cousas raras; - o amor de néctar,
- o néctar do amor, e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto, admirando de longe!...


Gilka Machado


4 comentários:

  1. Vim te ver,ando caladinha .Escrevo , apago, falo e cato as palavras de volta. Hoje só deu para ler e ficar quietinha por aqui.Beijocas

    ResponderEliminar
  2. oi Maria,minha amiga,

    que lindo,
    leve e fluídico...
    adorei!!!

    beijinhos

    ResponderEliminar
  3. BOA NOITE MINHA QUERIDA !!!!!
    GRANDE REFLEXÃO EM GRANDES PALAVRAS ...IMAGEM GRATIFICANTE PARA OS OLHOS...
    BJSSSSSSSSSSSSSS

    ResponderEliminar
  4. Há pessoas que são como borboletas.
    Voam ao sol e um vento mais forte fá-las balançar
    e um toque mais forte esvaziar de si...
    E nem o melhor néctar pode voltar a fazê-las reviver
    para a vida.

    ResponderEliminar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

Topo