17/08/2010

Caminhos


Para quê, caminhos do mundo,
Me atraís? — Se eu sei bem já
Que voltarei donde parto,
Por qualquer lado que vá.

Pra quê? — Se a Terra é redonda;
E, sempre, tem de cumprir-se
A sina daquela onda
Que parece vai sumir-se,

Mas que volta, bem mais débil,
Ao meio do lago, onde
A mãe, gota d'água flébil,
Há muito tempo se esconde.

Pra quê? — Se a folha viçosa
Na Primavera, feliz,
Amanhã será, gostosa,
Alimento da raiz.

Pra quê, caminhos do mundo?
Pra quê, andanças sem Fim?
Se todo o sonho profundo
Deste Mundo e do Outro-Mundo,
Não está neles, mas em mim.

Francisco Bugalho


8 comentários:

  1. Espetacular poema que nos faz meditar...Lindo!beijos e um dia cheio de coisas boas e caminhos legais pra percorrer...chica

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  2. Que beleza de versos...
    Doce dia pra ti amiga... beijinhos...
    Valéria

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  3. Minha querida amiga
    Como sempre um belo poema e o cuidado de belas imagens, adorei.

    Beijinhos com carinho
    Sonhadora

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  4. Querida amiga, lindo poema nos leva a reflexão, imagens sempre maravilhosas.Beijocas

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  5. Maravilhoso poema reflexivo... passei bons momentos partilhando comigo mesmo...

    PAZ & BEM!!!

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  6. Linda poesia, maria tudo de bom para vc, obrigada por nos mostrar tanta beleza, um abraço carinhoso. Celina

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  7. Amiga Maria puseste-me a reflectir mais uma vez.De facto,porque procurar fora,aquilo que está dentro de nós.E tão breve é a vida.Abraço grande.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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